[Meus comentários a esta resenha seguem entre colchetes.] O biólogo inglês Richard Dawkins, 68 anos, é sem sombra de dúvida o maior divulgador vivo da teoria da evolução. Seu primeiro livro, O gene egoísta (1976), inspirou uma geração de estudantes de biologia, enquanto o penúltimo, Deus, um delírio (2006), serviu como um poderoso argumento para elevar a autoestima dos ateus, incentivando-os a sair do armário. Com o seu novo livro, esplendidamente intitulado de O maior espetáculo da Terra - As evidências da evolução (Editora Companhia das Letras, 475 páginas, R$ 53), Dawkins faz uma defesa inabalável [como certos setores da mídia conseguem ser tão laudatórios, quando querem!] da teoria da evolução, formulada há exatos 150 anos por Charles Darwin, com a publicação de A origem das espécies (1859). O objetivo de Dawkins é justificar a validade da teoria ao público leigo – e avesso – à evolução. Sua meta é converter a massa ignara [leia-se ignorante, insensata, estúpida] que, em nome de convicções religiosas, insiste em dar as costas ao princípio basilar das biociências, da genética e da medicina do século XXI. [Lembre-se de que Dawkins se autointitula "bright"; os que não aceitam o ultradarwinismo são, portanto, imbecis.]
Partir do princípio de que seu público-alvo é estúpido não seria um bom ponto de partida para o livro. No entanto, é precisamente isso o que Dawkins faz nessa sua cruzada científica evangelizadora. Ele inicia citando dois livros seus antigos, apenas para observar que, quando os escreveu nos anos 1980, “as pessoas eram, aparentemente, mais inteligentes” e ele não precisava argumentar que a evolução de fato aconteceu. “Não parecia ser necessário”, diz.
Estava enganado. Prova disso é a expansão, principalmente nos Estados Unidos, do criacionismo, movimento pseudo-científico que renega Darwin, e defende a necessidade de uma “inteligência superior” para justificar a complexidade da vida e do universo. Definido quem é o inimigo a ser enfrentado, Dawkins, já no primeiro capítulo, compara a sua tarefa à de um professor de história forçado a ensinar “um bando de ignorantes (...) À exceção daqueles lamentavelmente desinformados, é obrigação de todos aceitarem a evolução como um fato”. [Será que eu li isso mesmo?! Os "ignorantes" são obrigados a aceitar a evolução como fato?!!]
Em cada capítulo, Dawkins destila ironia. “Este não é um livro antirreligioso”, afirma, antes de começar a bater sem dó nos dogmas religiosos. “Deus, é bom repetir o que deveria ser óbvio, mas não é, jamais criou uma asinha”, qualquer. Para Dawkins, os jovens criacionistas foram “iludidos até as raias da perversidade” [ah, sim, agora os criacionistas - que procuram se pautar pelos princípios éticos da lei de Deus e não pelos ditames da competição pela sobrevivência e propagação da bagagem genética (doa a quem doer) - é que são perversos!]. Tem-se a impressão de que Dawkins não consegue controlar sua ira [típico de quem não possui o fruto do Espírito]. Ou melhor, desde que se aposentou em 2008 da Universidade de Oxford, Dawkins não tem mais porque refrear o seu ímpeto antirreligioso.
O maior espetáculo da Terra não é um mau livro – Dawkins não saberia escrever algo que fosse ruim [uia!]. No entanto, pode-se perguntar por que ele perde tanto tempo tentando argumentar com os criacionistas. Todos nós sabemos que os criacionistas não são pensadores racionais [ai, essa doeu, e se eu não acreditasse em sono da morte, diria que muitos dos chamados pais da ciência teriam se revirado na sepultura]. Eles são movidos por suas crenças, não pela lógica [Acreditar que informação complexa especificada não surge, simplesmente, é ilógico? Sustentar que todo projeto deriva de um projetista não é lógico? Faça-me o favor!]. Eis aí a justificativa da profissão de fé desse grande cientista ["grande cientista"?! Por que Época não menciona uma descoberta significativa sequer do "grande biólogo irado"? Por que não diz que, além de aposentado, faz anos que Dawkins não produz ciência, não pisa num laboratório como pesquisador, apenas escreve livros para encher os bolsos e descer a lenha nos teístas e criacionistas?]. Dawkins não tem medo de ser politicamente incorreto. Não tem papas na língua. Não tem medo de criar polêmica nem chamar os criacionistas de imbecis [Por que teria medo disso, se é justamente esse rancor estridentemente sensacionalista que ajuda a vender seus calhamaços?]. A única coisa que Dawkins teme é a ignorância. [Na verdade, a ignorância que lamento é a das editoras brasileiras que ignoram livros que têm feito muito sucesso lá fora e que ajudariam a equilibrar esse dabate em nosso país; livros como The Edge of Evolution, do bioquímico Michael Behe, ou o recém-lançado Signature in the Cell, de Stephen Meyer, primeiro lugar na lista de best-sellers da Amazon na categoria ciência, em 2009, mas praticamente desconhecido no território tupiniquim.]
(Época) e (Criacionismo)
Nota: Alguém tem um Dramin aí? Ler essa matéria me deu náuseas.[MB]
Partir do princípio de que seu público-alvo é estúpido não seria um bom ponto de partida para o livro. No entanto, é precisamente isso o que Dawkins faz nessa sua cruzada científica evangelizadora. Ele inicia citando dois livros seus antigos, apenas para observar que, quando os escreveu nos anos 1980, “as pessoas eram, aparentemente, mais inteligentes” e ele não precisava argumentar que a evolução de fato aconteceu. “Não parecia ser necessário”, diz.
Estava enganado. Prova disso é a expansão, principalmente nos Estados Unidos, do criacionismo, movimento pseudo-científico que renega Darwin, e defende a necessidade de uma “inteligência superior” para justificar a complexidade da vida e do universo. Definido quem é o inimigo a ser enfrentado, Dawkins, já no primeiro capítulo, compara a sua tarefa à de um professor de história forçado a ensinar “um bando de ignorantes (...) À exceção daqueles lamentavelmente desinformados, é obrigação de todos aceitarem a evolução como um fato”. [Será que eu li isso mesmo?! Os "ignorantes" são obrigados a aceitar a evolução como fato?!!]
Em cada capítulo, Dawkins destila ironia. “Este não é um livro antirreligioso”, afirma, antes de começar a bater sem dó nos dogmas religiosos. “Deus, é bom repetir o que deveria ser óbvio, mas não é, jamais criou uma asinha”, qualquer. Para Dawkins, os jovens criacionistas foram “iludidos até as raias da perversidade” [ah, sim, agora os criacionistas - que procuram se pautar pelos princípios éticos da lei de Deus e não pelos ditames da competição pela sobrevivência e propagação da bagagem genética (doa a quem doer) - é que são perversos!]. Tem-se a impressão de que Dawkins não consegue controlar sua ira [típico de quem não possui o fruto do Espírito]. Ou melhor, desde que se aposentou em 2008 da Universidade de Oxford, Dawkins não tem mais porque refrear o seu ímpeto antirreligioso.
O maior espetáculo da Terra não é um mau livro – Dawkins não saberia escrever algo que fosse ruim [uia!]. No entanto, pode-se perguntar por que ele perde tanto tempo tentando argumentar com os criacionistas. Todos nós sabemos que os criacionistas não são pensadores racionais [ai, essa doeu, e se eu não acreditasse em sono da morte, diria que muitos dos chamados pais da ciência teriam se revirado na sepultura]. Eles são movidos por suas crenças, não pela lógica [Acreditar que informação complexa especificada não surge, simplesmente, é ilógico? Sustentar que todo projeto deriva de um projetista não é lógico? Faça-me o favor!]. Eis aí a justificativa da profissão de fé desse grande cientista ["grande cientista"?! Por que Época não menciona uma descoberta significativa sequer do "grande biólogo irado"? Por que não diz que, além de aposentado, faz anos que Dawkins não produz ciência, não pisa num laboratório como pesquisador, apenas escreve livros para encher os bolsos e descer a lenha nos teístas e criacionistas?]. Dawkins não tem medo de ser politicamente incorreto. Não tem papas na língua. Não tem medo de criar polêmica nem chamar os criacionistas de imbecis [Por que teria medo disso, se é justamente esse rancor estridentemente sensacionalista que ajuda a vender seus calhamaços?]. A única coisa que Dawkins teme é a ignorância. [Na verdade, a ignorância que lamento é a das editoras brasileiras que ignoram livros que têm feito muito sucesso lá fora e que ajudariam a equilibrar esse dabate em nosso país; livros como The Edge of Evolution, do bioquímico Michael Behe, ou o recém-lançado Signature in the Cell, de Stephen Meyer, primeiro lugar na lista de best-sellers da Amazon na categoria ciência, em 2009, mas praticamente desconhecido no território tupiniquim.]
(Época) e (Criacionismo)
Nota: Alguém tem um Dramin aí? Ler essa matéria me deu náuseas.[MB]
1 comentários:
É preciso, para uma mudança, um pouco de radicalismo. Ainda mais quando se trata de mudança de pensamentos. E Dawkins é o personagem ideal para isso.
Dawkins nunca se considerou superior, e nem os outros estúpidos. Pelo que vi, o escritor do texto chamou a si mesmo e outros dessa forma.
Espere aí, faz anos que Dawkins não produz ciência? Acho que esta postagem está um tanto quanto desatualizada.
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