Uma equipe internacional de astrônomos descobriu uma conexão inesperada entre a misteriosa matéria escura e as estrelas visíveis e os gases que permeiam as galáxias. O achado poderá revolucionar nosso entendimento da força da gravidade. Segundo o Dr. Hongsheng Zhao, um dos membros da equipe, parece haver uma força desconhecida agindo sobre a matéria escura. Somente 4% do Universo é composto dos elementos que conhecemos. Mas as estrelas e os gases nas galáxias movem-se tão rapidamente que os astrônomos especulam que a gravidade desses corpos celestes não seria suficiente para mantê-los agrupados.
Assim surgiu o conceito da matéria escura, um halo hipotético de um material desconhecido que seria responsável pela “gravidade faltante”. Até o momento, contudo, não há qualquer evidência direta de sua real existência [foi inevitável pensar aqui nos elos perdidos, na “célula primordial” e nos inexistentes precursores da explosão cambriana. Mas essa é uma teoria intocável...], e mesmo uma explicação mais sólida a seu respeito continua sendo procurada.
Agora, o grupo de astrônomos propôs que as interações entre a matéria comum e a matéria escura podem ser mais significativas e mais complexas do que se acreditava. Mais ainda, eles especulam que a matéria escura pode não existir e que os movimentos anômalos das estrelas nas galáxias poderiam dever-se a uma modificação na gravidade em escalas extragalácticas.
“A matéria escura parece ‘saber’ como a matéria visível é distribuída. Elas parecem conspirar uma contra a outra de tal forma que a matéria visível no raio característico desse halo escuro seja sempre a mesma”, explica o Dr. Benoit Famaey, outro membro da equipe. “Isso é extremamente surpreendente, uma vez que seria de se esperar que o equilíbrio entre a matéria escura e a matéria visível dependesse fortemente da história individual de cada galáxia”, diz o pesquisador.
Segundo o Dr. Zhao, os dados revelam padrões absolutamente estranhos. “É como encontrar um zoológico com animais de todas as idades e tamanhos, mas com uma característica miraculosamente idêntica, digamos, a sua espinha dorsal ou alguma coisa do tipo.”
A seguir, ele apresenta a ideia revolucionária. “É possível que uma quinta força, não-gravitacional, esteja controlando a matéria escura com uma ‘mão invisível’, deixando os mesmos rastros em todas as galáxias, independentemente de suas idades, formatos e tamanhos”, diz o Dr. Zhao.
Uma força assim poderia resolver um mistério ainda maior, conhecido como energia escura – outro conceito teórico, sem evidências diretas, elaborado para explicar a aceleração da expansão do Universo.
Uma solução mais radical seria uma revisão da lei da gravidade, desenvolvida por Isaac Newton em 1687 e refinada por Albert Einstein, em sua teoria da relatividade. Einstein nunca decidiu inteiramente se suas equações deveriam ou não adicionar uma constante onipresente, a constante cosmológica, agora chamada de energia escura.
“Se analisarmos nossas observações com uma lei da gravidade modificada, faz total sentido substituir a ação efetiva da matéria escura hipotética por uma força estreitamente relacionada com a distribuição da matéria visível”, conclui Zhao.
Se aceita pela comunidade científica, tanto em termos conceituais e lógicos quanto em termos de checagem contra outros conjuntos de dados, esta pesquisa poderá alterar algumas das teorias científicas mais largamente aceitas sobre a história e a expansão do Universo.
(Inovação Tecnológica)
Nota: Pelo menos na Astronomia se tem coragem e disposição para seguir as evidências levem aonde levar, ainda que seja necessário mudar um modelo (que não conta com evidências diretas) larga e longamente aceito.[MB]
Assim surgiu o conceito da matéria escura, um halo hipotético de um material desconhecido que seria responsável pela “gravidade faltante”. Até o momento, contudo, não há qualquer evidência direta de sua real existência [foi inevitável pensar aqui nos elos perdidos, na “célula primordial” e nos inexistentes precursores da explosão cambriana. Mas essa é uma teoria intocável...], e mesmo uma explicação mais sólida a seu respeito continua sendo procurada.
Agora, o grupo de astrônomos propôs que as interações entre a matéria comum e a matéria escura podem ser mais significativas e mais complexas do que se acreditava. Mais ainda, eles especulam que a matéria escura pode não existir e que os movimentos anômalos das estrelas nas galáxias poderiam dever-se a uma modificação na gravidade em escalas extragalácticas.
“A matéria escura parece ‘saber’ como a matéria visível é distribuída. Elas parecem conspirar uma contra a outra de tal forma que a matéria visível no raio característico desse halo escuro seja sempre a mesma”, explica o Dr. Benoit Famaey, outro membro da equipe. “Isso é extremamente surpreendente, uma vez que seria de se esperar que o equilíbrio entre a matéria escura e a matéria visível dependesse fortemente da história individual de cada galáxia”, diz o pesquisador.
Segundo o Dr. Zhao, os dados revelam padrões absolutamente estranhos. “É como encontrar um zoológico com animais de todas as idades e tamanhos, mas com uma característica miraculosamente idêntica, digamos, a sua espinha dorsal ou alguma coisa do tipo.”
A seguir, ele apresenta a ideia revolucionária. “É possível que uma quinta força, não-gravitacional, esteja controlando a matéria escura com uma ‘mão invisível’, deixando os mesmos rastros em todas as galáxias, independentemente de suas idades, formatos e tamanhos”, diz o Dr. Zhao.
Uma força assim poderia resolver um mistério ainda maior, conhecido como energia escura – outro conceito teórico, sem evidências diretas, elaborado para explicar a aceleração da expansão do Universo.
Uma solução mais radical seria uma revisão da lei da gravidade, desenvolvida por Isaac Newton em 1687 e refinada por Albert Einstein, em sua teoria da relatividade. Einstein nunca decidiu inteiramente se suas equações deveriam ou não adicionar uma constante onipresente, a constante cosmológica, agora chamada de energia escura.
“Se analisarmos nossas observações com uma lei da gravidade modificada, faz total sentido substituir a ação efetiva da matéria escura hipotética por uma força estreitamente relacionada com a distribuição da matéria visível”, conclui Zhao.
Se aceita pela comunidade científica, tanto em termos conceituais e lógicos quanto em termos de checagem contra outros conjuntos de dados, esta pesquisa poderá alterar algumas das teorias científicas mais largamente aceitas sobre a história e a expansão do Universo.
(Inovação Tecnológica)
Nota: Pelo menos na Astronomia se tem coragem e disposição para seguir as evidências levem aonde levar, ainda que seja necessário mudar um modelo (que não conta com evidências diretas) larga e longamente aceito.[MB]
(Criacionismo)
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