Na resposta a seguir espero que esse irmão entenda de verdade a teologia de Paulo sobre a graça e a Lei. E que pare de pensar numa graça barata, que não transforma o pecador.
Também deseo que ele aceite definitivamente que Paulo não foi contra a observância da Lei, pois ele mesmo guardava toda ela (Atos 25:8; Romanos 3:31; 7:22, etc). Ao escrever aos Gálatas o apóstolo estava é condenando um sistema de religião que coloca a lei no lugar de Jesus. Como ele bem disse: “Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo” 1 Timóteo 1:8.
Em breve postarei os comentários desse irmão. Ainda não o fiz porque pretendo postar as devidas respostas juntamente. Enquanto isso, peço que, com carinho, ele analise o contexto histórico da carta aos Gálatas para não relacionar os adventistas com eles.
Lembrei de uma coisa: A carta de Tiago parece não ter sido lida por esse internauta…
Vamos à análise da questão proposta no título:
Paulo foi firme com os Gálatas porque eles estavam negando a salvação pela fé em Jesus. Quando lemos o capítulo 3:1-4 da carta, percebemos que os irmãos daquela igreja estavam fazendo da Lei (os cinco livros de Moisés, com todas as instruções ao povo de Deus) o meio de Salvação no lugar de Cristo.:
“Ó gálatas sem juízo! Quem foi que enfeitiçou vocês? Na minha pregação a vocês eu fiz uma descrição perfeita da morte de Jesus Cristo na cruz; por assim dizer, vocês viram Jesus na cruz. Respondam somente isto: vocês receberam o Espírito de Deus por terem feito o que a lei manda ou por terem ouvido a mensagem do evangelho e terem crido nela? Como é que vocês podem ter tão pouco juízo? Vocês começaram a sua vida cristã pelo poder do Espírito de Deus e agora querem ir até o fim pelas suas próprias forças? Será que as coisas pelas quais vocês passaram não serviram para nada? Não é possível!” (Nova Tradução Na Linguagem de Hoje – Grifos acrescentados).
Para afastar de vez essa ideia perigosa da igreja, Paulo mostra-lhes que o perdão (justificação) é apenas pela fé, graças ao sacrifício substitutivo realizado por Cristo na cruz.
A lei, na teologia bíblica (e de Paulo) não pode ser o meio de salvação de pecadores (Efésios 2:8, 9). Ela é sim o resultado de um coração transformado pela graça (ver Efésios 2:10). Afinal, quando nos tornamos novas criaturas (2 Coríntios 5:17) a Lei de Deus é escrita em nosso coração (Hebreus 8:10) para que vivamos em santo procedimento (2 Pedro 3:11) aguardando a volta gloriosa de Jesus a esse mundo (2 Pedro 3:10-13).
Por isso, a função da Lei não é salvar, mas, nos levar ao Salvador (por nos mostrar nossa condição pecaminosa – ler Romanos 3:20) e ser o resultado da transformação que o Espírito Santo produz no crente (Efésios 2:10) durante o processo de santificação (2 Tessalonicenses 2:13; 1 Pedro 1:2) – que é diária.
Também não deixa de ser uma evidência externa de nosso amor por Cristo: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” João 14:15.
Gostaria que os irmãos de todas as confissões religiosas comentassem esse post para, juntos, chegarmos a um consenso sobre a relação entre a graça e a Lei. As argumentações precisar ser apoiadas NA BÍBLIA. O que acham?
Ficarei no aguardo. Um grande abraço!
Leandro Quadros.
(Na Mira da Verdade)
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