Nota TP: "A Unção e Fogo do Espírito Santo", cada vez mais queridos leitores a obra do malígno tem levado a muitos sinceros cristãos ao délírio, fanatísmo, desordens espirituais em suas vidas. E isso põe em cheque a Sã Palavra de Deus em evidência no mundo tão decaído, levando aos "racionais", minimalistas, ateus, céticos e outros a terem mais munição contra esse tipo de "AVIVAMENTO ESPIRITUAL" no cenário religioso.
Alguns falsos mestres, patores, cristãos, presbíteros, ministros e etc, aproveitam essa "onda, moda" de prosperidade, batismo com fogo, dons de línguas, curas, milagres, cola do espírito santo e por ai vai... Para fazerem MKT de suas próprias denominações, encadeando com isso até o Santo Dízimo de Deus e fazendo comércio do mesmo, perdendo o seu valor e compreensão vital na escalada espiritual do ser humano.
Segue um vídeo com este tipo de movimento e logo abaixo um belíssimo exclarecimento à Luz da Palavra de Deus. Peço que antes de lerem, orem à Cristo pedido ao Pai exclarecimento correta sobre este assunto que Ele o dará. Amém!
Por Alberto R. Timm
Professor de Teologia e diretor do Centro de Pesquisas
Ellen G. White e do Centro Nacional da Memória Adventista
conduzi-los à salvação em Cristo. Sua missão individual é bem descrita nas palavras: “Eis que
estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei
com ele e ele comigo.” (Apoc. 3:20). E o conselho divino é: “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não
endureçais os vossos corações...” (Heb. 3:15).
Outro aspecto da Sua missão aparece na declaração de Cristo: “Quando vier, porém, ‘o Espírito da verdade’, Ele vos guiará a toda a verdade” (João 16:13). “O Espírito é chamado ‘o Espírito da
verdade’, pois sua obra é guiar os seguidores de Jesus ‘a toda a verdade’. Enquanto os dias
passam, o Espírito os guiará mais e mais profundamente no conhecimento da verdade.”
1 Esta é uma obra de santificação, pela qual o próprio Cristo orou em Sua oração sacerdotal: “Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade” (João 17:17). E o salmista acrescenta: “A Tua Lei é a própria verdade” (Salmo 119:142). Foi o Espírito Santo quem inspirou as Sagradas Escrituras e é Sua missão guiar a vida dos seguidores de Cristo em conformidade com a Palavra de Deus e com a Sua Lei, tornando-os mais semelhantes a Cristo, que é a Verdade personificada (João 14:6).
O Espírito Santo não iniciou Sua obra por ocasião do Pentecostes. Desde Gênesis 1:2, Ele é inúmeras vezes mencionado no Antigo Testamento. Deus já prometera aos israelitas após o
êxodo: “O Meu Espírito habitará no meio de vós” (Ageu 2:5). E, mesmo antes do Pentecostes,
Cristo afirmou a Seus discípulos: “o Espírito da verdade... habita convosco e está em vós” (João
14:17).
A obra especial do Espírito Santo
A Bíblia menciona também uma obra especial do espírito Santo entre os crentes, e é a esta obra
que Cristo Se referiu ao prometer a Seus discípulos: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas...” (Atos 1:8).
Portanto a obra especial do Espírito Santo significa uma capacitação especial dos crentes para a proclamação do evangelho. À semelhança da obra universal do Espírito Santo quanto à salvação, também esta obra é de natureza cristológica – Cristo disse que eles receberiam poder para serem Suas testemunhas!
O apóstolo São Paulo denomina essa capacitação especial de “dons espirituais” (I Cor. 12:1), e
acrescenta que esses dons não são concedidos sem motivo, mas “visando um fim proveitoso ((I
Cor. 12:7), e que este fim é o aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do Seu serviço,
para a edificação do corpo de Cristo” (Efé. 4:12).
O exemplo clássico desta capacitação especial para testemunhar de Cristo é o dom de línguas que
os discípulos receberam no Pentecostes. Nesta ocasião, estavam em Jerusalém pessoas das mais
diversas nacionalidades (Atos 2:5, 9-11), as quais, ao ouvirem o testemunho dos discípulos serlhes dado na sua “própria língua materna” (Atos 2:8), maravilharam-se profundamente; e o
resultado para a igreja cristã foi um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (Atos 2:41).
Portanto a manifestação do dom de línguas no Pentecostes não tinha um fim em si mesmo, para a
satisfação e orgulho pessoal dos apóstolos, mas sim um objetivo evangelístico. E o próprio apóstolo São Paulo esclarece ainda mais este assunto ao dizer que “as línguas constituem umsinal, não para os crentes, mas para os incrédulos” (I Cor. 14:22), e ele acrescenta: “Contudo,
prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua” (I Cor. 14:19).
A Bíblia afirma ainda que “os dons são vários, mas o Espírito é o mesmo” (I Cor. 12:4), e que esses dons são concedidos a cada um individualmente, segundo apraz ao Espírito Santo (I Cor. 12:11).
Portanto não é o indivíduo que escolhe os dons que deseja possuir, pois isso cabe ao espírito
Santo. A Parábola dos Talentos, em São Mateus 25:14-30, ilustra bem esse princípio.
Condições para o recebimento do Espírito Santo
Uma vez que a iniciativa da nossa salvação é divina (Apoc. 3:20), a parte que nos corresponde para o recebimento do Espírito Santo é simplesmente aceitarmos o Seu convite; pois é Ele quem efetua em nós “tanto o querer como o realizar” (Filip. 2:13). Todos os impulsos de nossa parte para aceitarmos a salvação, são por ele motivados; porém cabe a nós a decisão de os aceitar ou de os rejeitar. Mas “a todos os que aceitam a Cristo como o Salvador pessoal, o Espírito Santo vem como Consolador, Santificador, Guia e Testemunha”. 2
A Bíblia menciona, entretanto, algumas condições para o Espírito Santo permanecer em nós e
capacitar-nos com um poder especial para sermos testemunhas de Cristo. Em primeiro lugar, é
necessário arrepender-nos dos nossos pecados: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado
em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito
Santo” (Atos 2:38). Em segundo lugar, é necessário crermos: “a fim de que recebêssemos pela fé o espírito prometido” (Gál. 3:14). Em terceiro lugar, é necessário que obedeçamos toda a vontade de Deus como expressa em Sua Palavra: “... o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que Lhe
obedecem” (Atos 5:32). “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos. E Eu rogarei ao Pai, e
Ele vos dará um outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (João 14:16).
“Darvos-ei coração novo, e porei dentro em vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro em vós o Meu Espírito, e farei que andeis nos Meus
estatutos, guardeis os Meus juízos e os observeis” (Ezeq.36:26 e 27). Em quarto lugar, é
necessário que perseveremos em oração: “... o Pai celestial dará o espírito Santo àqueles que Lho
pedirem” (Luc. 11:13). “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram
cheios do Espírito Santo, e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (Atos 4:31). Mas
mesmo a nossa oração deve ser sempre submetida à vontade de Deus: “Faça-se a Tua vontade,
assim na Terra como no Céu” (Mat. 6:10).
Biblicamente o batismo em nome de Cristo e do Espírito Santo são simultâneos. Assim como
Cristo recebeu a unção do Espírito Santo por ocasião do Seu batismo por João Batista (Mar. 1:10), todos aqueles que aceitarem as boas novas da salvação devem ser batizados ao mesmo tempo “em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mat. 28:19).
Cada cristão deve buscar com profundo ardor e insistência diariamente o poder regenerador e
santificador do Espírito Santo na vida; porém a escolha dos “dons espirituais” não lhe cabe decidir, pois isto pertence à vontade do Espírito santo, de acordo com as necessidades e conveniências (I Cor. 12:11). É por este motivo que Cristo condena a busca de milagres, ao declarar que “uma geração má e adúltera pede um sinal” (Mat.16:4). E em Seu diálogo com Tomé, Cristo valoriza a fé sem milagres, ao afirmar: “Porque viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:29).
Evidências do recebimento do Espírito Santo
Muito embora um cristão que seja cheio do Espírito Santo possa receber poder para operar
milagres, como ocorreu com os apóstolos por ocasião do Pentecostes, não é esta a evidência
decisiva de alguém possuir o Espírito Santo na vida.
Cristo, com o Seu olhar profético, declarou que nos últimos dias surgiria um grande movimento de simulação da verdadeira obra do Espírito Santo: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível os próprios eleitos” (Mat. 24:24). E Ele acrescenta: “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai que está nos Céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-Me: Senhor, Senhor! porventura, não temos nós profetizado em Teu nome, e em Teu nome não expelimos demônios, e em Teu nome não fizemos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniqüidade” (Mat. 7:21-23).
A experiência ocorrida no Egito, quando os sábios de Faraó simularam os milagres que o Senhor
operara através de Moisés e Arão (Êxo. 7:11), repetir-se-ia nos últimos dias (II Tes. 2:9-11).
É por essa razão que o próprio Espírito Santo inspirou o apóstolo João a alertar os crentes a esse
respeito: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (I João 4:1).
E a Bíblia acrescenta:
“ À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Isaías 8:20).
E ela ainda adverte que os sensuais... não têm o Espírito” (Jud. 19).
Mas qual é a verdadeira evidência de que alguém possui o Espírito Santo?
Na verdade, a evidência da presença do Espírito Santo na vida de uma pessoa “é tão ampla quanto a Sua obra”. 3
Cristo disse que “pelos seus frutos os conhecereis” (Mat. 7:20), e o apóstolo São Paulo acrescenta que “o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gál. 5:22 e 23). Portanto a evidência concreta é o fato de sua vida ter sido transformada de acordo com o padrão divino, procurando conhecer e viver em conformidade com “toda a verdade”, pois esta é a obra do espírito Santo. Jesus disse que os que entrarão no reino do Céus são aqueles que fazem a vontade de Deus (Mat. 7:21).
A Bíblia declara que João Batista era “cheio do Espírito Santo” (Luc. 1:15), mas “não fez nenhum
sinal, porém tudo quanto disse a respeito dEste era verdade” (João 10:41).
E isto foi suficiente para Cristo afirmar que “entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João” (Luc. 7:28).
Muito embora a obra universal do Espírito Santo seja universalmente a mesma, não podemos
generalizar a Sua obra especial no vida dos crentes. Como “os dons são diversos, mas o Espírito é
o mesmo” (I Cor. 12:4), e esses dons são distribuídos pelo Espírito a cada um, “como Lhe apraz” (I Cor. 12:11); o fato de um genuíno cristão viver em plena conformidade com a vontade de Deus,
mas não possuir determinado dom, não é evidência de que ele não seja cheio do Espírito Santo.
Por outro lado, o próprio fato de alguém vangloriar-se de possuir determinado dom que outra
pessoa não possui, é evidência clara de que ele não está sendo guiado pelo Espírito Santo (Gál.
5:25 e 26).
Na verdade “todos quanto anseiam ter semelhança de caráter com Deus, serão satisfeitos. O Espírito Santo nunca deixa sem assistência a alma que está olhando a Cristo. ...Se o olhar se
mantiver fixo em Jesus, a obra do Espírito não cessa, até que a alma esteja conforme a Sua
imagem”. 4
E “não há limites à utilidade de uma pessoa que, pondo de parte o próprio eu, oferece margem à operação do Espírito Santo na alma, e vive uma vida de inteira consagração a Deus”. 5
Referências:
1. Leon Morris, The Gospel According to John. (Grand Rapids: Michigan, Wm. B. Eerdmans Publ.
Co., 1979), p. 700.
2. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 49.
3. Wilson H. Endruweit, Movimento Carismático. Um Estudo Exegético e Teológico de Suas
Principais Características. (São Paulo, Instituto Adventista de Ensino, 1977), p. 27.
4. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações. p. 285.
5. Ibid., p. 227.
(Eventos Finais)
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