terça-feira, 28 de julho de 2009

Visão Panorâmica dos Acontecimentos Finais

Sétima Praga do Apocalipse 16 - momentos antes da segunda vinda.

O mundo se encontra no angustioso crepúsculo de sua acidentada história. Como filhos de Deus, temos sido favorecidos por admiráveis revelações proféticas que fixam a hora em que vivemos e o desenvolvimento dos planos divinos, e antecipam os grandes acontecimentos do porvir. Como povo temos recebido importantes mensagens através da pena inspirada da serva de Deus, mensagens essas que ampliam as profecias da Bíblia, abrem ante nós um vasto panorama dos acontecimentos vindouros, e nos animam na busca de um preparo necessário a nós na grande crise que se avizinha.


“Conhecendo o Tempo”

Com razão disse Paulo: “Já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.” Rom. 13:11. Se há na Terra um povo que pode tornar suas as palavras do apóstolo, e que conhece o tempo, esse povo é o povo adventista.

Enquanto o mundo estremece de temor pela incerteza do amanhã, nós conhecemos o tempo.

O viajante internacional que empreende uma longa viagem, leva sempre consigo um itinerário ou um mapa. Em todo tempo sabe quais são as etapas já cobertas de sua viagem e que escalas o esperam no futuro. Sabe de antemão o dia e a hora da chegada a cada um dos aeroportos, e os pormenores de sua viagem cumprem-se com precisão.

Os filhos de Deus, associados nesta viagem maravilhosa que realizam juntos para a meta final, têm também um mapa admirável — a Bíblia — e um itinerário preciso — as profecias inspiradas.


Etapas Cumpridas

Ao lançarem um olhar retrospectivo, os fiéis ganham grande confiança e sentem robustecida sua fé de que todas as etapas anunciadas há milênios têm-se cumprido com exatidão.

Os quatro grandes impérios da antiguidade surgiram e desapareceram conforme indicavam as profecias de Daniel, capítulo dois e capítulo sete. O férreo império romano se fragmentou constituindo-se nas modernas nações européias, e apesar de todas as tentativas para voltar a unir esses povos, eles permanecem separados como o ferro e o barro dos pés da estátua.

Os 1.260 anos da supremacia papal pertencem hoje à História, e permanece como um testemunho a mais da certeza da “firme” palavra profética.

A ferida mortal numa das cabeças da primeira besta de Apocalipse 13 não somente foi aplicada segundo a predição divina, mas segundo essa mesma predição a ferida foi curada, e hoje assistimos ao cumprimento do último lance profético, quando toda a Terra se maravilha após a besta.

Os acontecimentos preditos pela mais longa e mais admirável profecia da Bíblia — a dos 2.300 anos com as setenta semanas inclusas — cumpriu-se com assombrosa objetividade. O retorno dos judeus da Pérsia para a Palestina, a reedificação da cidade e do muro, o batismo de Jesus e Sua morte no Calvário, ocorreram com precisão matemática, conforme o indicava o oráculo inspirado.

E quando chegou o fim deste período, momento que constitui uma das culminâncias da história religiosa de todos os tempos, no momento exato que fora predito, surgiu o movimento adventista em cumprimento da profecia de Daniel 8 e 9 e Apocalipse 14, a fim de pregar a mensagem do juízo e o evangelho eterno em seu marco de atualidade — “A verdade presente”.

As condições sociais, políticas e religiosas, assim como os fenômenos astronômicos anunciados pelo Senhor Jesus em Seu sermão profético há dois mil anos, como sinais do tempo do fim e indicadores de Sua segunda vinda, cumprem-se ante nossos olhos com dramático realismo. O incremento da imoralidade e da delinqüência, o temor que assalta os corações humanos, guerras e rumores de guerras, o crescente número de terremotos, o escurecimento do Sol e da Lua e a queda de meteoros, os falsos profetas e os movimentos religiosos espúrios, os sinais e prodígios realizados pelo poder do inimigo, são outras tantas indicações eloqüentes de que nos encontramos na hora undécima quando o mundo e a igreja serão testemunhas dos maiores acontecimentos da História.

O aumento prodigioso da Ciência — tão rápido que já quase não nos surpreendem nem mesmo os inventos ou descobrimentos mais extraordinários — assim como os progressos na era da velocidade e a conquista do espaço, cumprem de maneira emocionante a predição do profeta Daniel, segundo a qual a Ciência aumentaria e os homens correriam de uma parte para outra.

Um olhar retrospectivo, enfim, nos convence de que todas as profecias da Bíblia têm-se cumprido com espantosa precisão, de que todos os períodos proféticos chegaram ao fim em 1844, e de que nos esperam apenas os acontecimentos da última hora e o acontecimento culminante de todas as épocas: o glorioso aparecimento de Jesus nas nuvens do céu.

Antes porém que, como um povo, cheguemos a essa meta almejada, o ensino combinado da Palavra de Deus e os testemunhos da Sra. White nos indicam um conjunto de eventos de impressionante magnitude que passarão em rápida e estreita sucessão, e que levarão a igreja como tal, e a cada um de nós individualmente, a uma crise máxima que requer especial preparo.

O passado assegura nossa confiança no futuro. A exatidão com que se cumpriu cada uma das etapas das profecias até hoje, garante-nos a certeza com que sobrevirão os acontecimentos do futuro. Por outro lado, a maneira admirável com que Deus tem guiado e protegido o Seu povo através dos séculos, escudando-o contra os poderes malignos e fazendo-o sair sempre vencedor, é um indício da segurança com que a igreja, hoje militante, continuará sendo guiada até chegar ao ponto da igreja triunfante. “Nada temos a temer do futuro, a menos que esqueçamos a maneira como o Senhor nos tem conduzido, e seu ensino em nossa história passada.” — Life Sketches of Ellen G. White (1915), pág. 196


Um Panorama do Futuro

Com esta confiança e com esta certeza, passemos em ligeira revista o panorama do futuro imediato, estendendo nossa vista até o regresso de Cristo. Vejamos, como em visão panorâmica, quais os acontecimentos que nos confrontarão como povo até o dia de nosso livramento final.

Nos capítulos seguintes iremos vendo de maneira mais detida, e apresentada com palavras da inspiração, a descrição de todos esses acontecimentos. Será útil, porém, que tenhamos uma síntese prévia, uma geral visão de conjunto, que nos ajude a estabelecer a devida relação entre uma situação e outra.

Antes de finalizar o tempo de graça, enquanto ainda os homens podem lançar mão das provisões do evangelho e enquanto os filhos de Deus ainda se encontram em situação de ter de assegurar sua salvação, ocorrerão os seguintes fatos: o selamento, a chuva serôdia, a,pregação intensiva, o fim da obra e a sacudidura. Esta anunciação dos acontecimentos mencionados não implica qualquer ordem cronológica deles. Vários desses acontecimentos ou todos eles poderão ocorrer em grande parte simultaneamente. O que sabemos com certeza é que quando for proferido o decreto de Apoc. 22:11 e terminar o tempo da graça, todos os acontecimentos terão também terminado, para dar lugar ao começo do tempo de angústia.

Como fator coadjuvante, porém, e em certa medida preparatório destes acontecimentos, ocorrerá dentro da igreja de Deus um movimento de reformulação de vida. Fruto em grande parte da pregação da mensagem da Testemunha Fiel à igreja de Laodicéia, e da compreensão do grande tema da justificação pela fé, esta reforma determinará um notável despertamento espiritual e acelerará a queda da chuva serôdia e a disseminação da mensagem, preparando o povo para as cenas do tempo de angústia e o aparecimento majestoso de Cristo.

O selamento.

A fim de preparar Seus filhos para tempo de angústia, Deus deseja neles imprimir o selo de Sua lei, de Seu caráter e de Sua perfeição. Esta obra, que já se está verificando, é de pouca duração e logo terminará. Na verdade o selamento pode definir-se como um processo que começa na conversão e termina com o fim do tempo da graça, seja por ocasião da morte do crente ou em virtude do fim do juízo investigativo. O selamento requer da parte de cada um a limpeza de todo pecado e a vitória sobre cada fraqueza ou defeito. Só os que estão preparados poderão ser selados, e só os que estiverem selados poderão passar sobranceiros pelo tempo de angústia e enfrentar a presença terrível do Senhor em Sua segunda vinda.

A chuva serôdia, a pregação intensiva e a terminação da obra.

Por outro lado, Deus deseja derramar sobre o Seu povo a chuva serôdia do Espírito Santo. Assim como a chuva temporã habilitou a igreja apostólica para proclamar as boas novas de salvação com sucesso por todas as partes do mundo de então, este refrigerante derramamento do poder divino permitirá que o povo de Deus da atualidade complete sua obra e alcance toda nação, tribo, língua e povo com a última mensagem evangélica. A promessa do derramamento do Espírito de Deus em chuva serôdia é para hoje e não para uma época futura. Mas para que se cumpra, é indispensável que a grande maioria dos membros da igreja realize completa consagração a Deus, liberte-se totalmente do eu, descarte-se do pecado em qualquer de suas formas, e com humildade e mansidão busque com todo o fervor a face do Senhor.

Breve dar-se-á a forte pregação da mensagem. Ao manifestar-se o poder divino, a Terra será iluminada com a glória do Senhor, e a obra terminará de acordo com o plano e a promessa de Deus.

Dentro das fileiras da igreja deverá ocorrer um processo especial de reforma e santificação, o qual afetará a grande maioria dos seus membros no preparo para a chuva serôdia, para a forte pregação e a terminação da tarefa evangelizadora.

A sacudidura.

A sacudidura é outro dos grandes episódios que envolvem a igreja durante o tempo de graça. Este termo designa a definitiva apostasia de certo número dos que participam hoje do povo de Deus. O abandono da igreja por parte de muitos adventistas dar-se-á porque não aceitaram de todo o coração o chamado divino para uma completa conversão e consagração, e porque recusaram a mensagem de Cristo à igreja de Laodicéia — mensagem de arrependimento e reforma da vida — mantendo apenas uma experiência formal e superficial.

Quando sobrevier a grande hora da crise para a igreja, e começar a perseguição pela imposição generalizada da legislação dominical, muitos desertarão e alguns se converterão em nossos piores inimigos. Só uma entrega total da vida a Deus e uma experiência profunda e crescente conversão nos livrará deste perigo e nos manterá unidos à hoste de homens e mulheres consagrados que triunfarão gloriosamente com o povo adventista, e que darão alegres boas-vindas a Jesus em Sua iminente aparição.

O tempo de angústia prévio.

As últimas horas do tempo de graça serão tempestuosas e difíceis, para o mundo em geral e também para os filhos de Deus. No mundo, enquanto os quatro anjos estão contendo os ventos, estarão aumentando a luta e a confusão, os problemas políticos, econômicos e sociais, a desagregação da família, o temor e a angústia.

Os governos, malgrado o muito esforço que façam, não poderão controlar os complexos e crescentes problemas que sujeitarão seus povos a uma situação premente. Esta época de angústia, a que Se referiu Jesus em S. Luc. 21:25, é anterior ao verdadeiro tempo de angústia que começará no momento que terminar a graça.

As horas da angústia prévia serão agravadas pela perseguição de que seremos objeto por parte dos poderes apóstatas. Todavia o Senhor estará conosco para nos fortalecer e ajudar a viver ou sofrer com alegria, confiados em Seu braço onipotente. “Como guardaste a palavra da Minha paciência, também Eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na Terra. Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” Apoc. 3:10 e lI.

A perseguição.

Em Apoc. 13:11-13 descreve-se profeticamente um panorama de perseguição que o Espírito de Profecia ampliou. Esta perseguição começará antes do fim do tempo da graça e se agravará durante o tempo da angústia de Jacó. Chegará, porém, a hora da libertação.

A besta com chifres de cordeiro de Apocalipse 13 representa os Estados Unidos da América do Norte, nação jovem, composta de um povo manso e bom. Estado democrático, republicano, com uma constituição modelo, em que estão admiravelmente salvaguardados os direitos humanos e as garantias individuais, sobretudo o direito mais caro de todos: a liberdade de consciência.

Este país tem estado a cumprir até agora, e continuará cumprindo, uma missão verdadeiramente histórica. Ao haver alcançado as culminâncias da liberdade religiosa com a primeira emenda a sua constituição que proíbe ao congresso legislar sobre matéria religiosa, estabeleceu completa e respeitosa separação entre Igreja e Estado, e converteu-se num baluarte da liberdade de consciência. A suas praias generosas têm acorrido homens e mulheres perseguidos por suas convicções em todos os países do mundo, para amparar-se sob as garantias de seu admirável sistema político.

Em Sua providência, Deus escolheu os Estados Unidos para aí estabelecer o centro mundial da igreja adventista, e deste país rico, progressista e amante da liberdade, têm saído, sem qualquer entrave, através dos anos, os recursos e os missionários para levar a tríplice mensagem evangélica aos quatro cantos da Terra e até os confins do mundo.

Contudo, a profecia afirma que este país, representado pela besta com chifres de cordeiro, mudará completamente sua natureza, e como conseqüência fará o seguinte:

1) Falará como o dragão (verso 11); e o dragão de Apocalipse 12 é uma potência perseguidora.

2) Obrigará os moradores da Terra a adorar a primeira besta, ou seja, Roma (verso 12). Obrigar a humanidade a render vassalagem a uma potência político-religiosa significa fazer imposições de caráter religioso. Isto cancela toda liberdade religiosa mantida até então, e inaugura uma época de coerção e perseguição.

3) Fará grandes sinais, de tal maneira que até fará descer fogo do céu à Terra para enganar (versos 13 e 14). Isto se cumprirá pelo extraordinário incremento que alcançará o espiritismo, e por sua união com o catolicismo e o protestantismo.

4) Ordenará aos moradores da Terra que façam uma imagem à primeira besta, vale dizer, o poder romano (verso 14). Se a besta é um poder perseguidor, a imagem da besta terá de ser outro poder que utilize os mesmos métodos. Esta “imagem da besta”, como veremos no capítulo próprio através da pena inspirada, outra coisa não é senão o setor do protestantismo que irá afinal à apostasia, e que se unirá para exigir do Estado poder civil a fim de impor leis religiosas.

5) Fará que em todos seja posto um sinal (o “sinal da besta”), e que ninguém possa comprar nem vender a não ser que tenha o sinal. (Versos 16 e 17). “O sinal da besta é exatamente o que tem sido proclamado. Nem tudo que se refere a esse assunto é compreendido; nem compreendido será até que tenha sido completamente aberto o rolo do livro.” — 2TS 371 e 372

Sendo que o sinal ou selo de Deus é a lei divina e em particular o sábado, verdadeiro dia de repouso, o sinal da besta — poder inimigo de Deus e da verdade — deve ser um falso dia de repouso. Assim como a observância do sábado, de acordo com o quarto mandamento, testifica de nossa lealdade ao governo de Deus como Criador e Salvador, a observância do domingo — que será universalmente imposta pela imagem da besta e os demais poderes apóstatas — é o sinal da besta, ou seja, o sinal de lealdade a um falso poder inimigo de Deus e da verdade.

O ponto focal da grande e milenar controvérsia entre a verdade e o erro, entre Cristo e Satanás, será a observância ou a violação do verdadeiro dia de repouso.

Os que não aceitam o sinal ou marca da besta, os que se negam a observar o domingo e a participar simultaneamente em atos de culto que comportarão a violação do santo sábado, serão perseguidos. Perderão toda proteção da parte do Estado. As garantias constitucionais serão suspensas para eles, e privá-los-ão dos direitos mais essenciais, até mesmo os de subsistência, como o de comprar e vender.

Antes que termine o tempo da graça será promulgada uma lei dominical de âmbito federal. Esta dará começo a uma grande hora de prova para a igreja, a crise máxima de sua história.

Hoje as leis que obrigam o descanso dominical pretendem ter caráter social e de saúde, admitem exceções, e insiste-se em que estão desprovidas de todo conteúdo religioso. Leis semelhantes encontram-se em vigor em grande número de Estados do grande país norte-americano.

Breve, porém, essas leis se farão obrigatórias em todos os Estados da União, convertendo-se praticamente em lei federal ou nacional. Essa lei será talvez de natureza diretamente religiosa, comportará de alguma maneira um ato de culto ou de violação do verdadeiro dia de repouso, e sua promulgação será exigida pela imagem da besta, ou seja, pela confederação do protestantismo apostatado, o qual agirá com o apoio católico e espírita. Isto dará começo à grande perseguição.

E quando essa lei se tornar federal, religiosa e obrigatória em todos os Estados Unidos, nos demais países do mundo promulgar-se-ão leis idênticas, de maneira que a perseguição será geral.

Esse é o momento em que os filhos de Deus deverão preparar-se para sair das grandes cidades e em breve abandonar também as cidades pequenas.

Depois que as sete últimas pragas começarem a cair, quer dizer, depois de finalizar o tempo da graça, ou seja, durante o tempo de angústia, dar-se-ão os seguintes acontecimentos nesta cadeia:

6) A imagem da besta — o protestantismo apostatado — procurará matar quantos não a adorem (verso 15). Sairá um decreto de morte para os que observam o sábado, acusados que serão de inimigos da lei e da ordem, e causadores de todas as calamidades que sacodem a Terra — as pragas.

O decreto de morte terá uma data específica para o seu cumprimento. Quando for promulgado, os filhos de Deus sairão de todos os centros povoados, inclusive das pequenas cidades, e se refugiarão nos bosques, nos desertos, nos lugares escarpados, onde contarão com a especial proteção de Deus e a assistência dos anjos, os quais lhes proverão alimentos. Será um tempo de verdadeira angústia, em que os fiéis clamarão a Deus de maneira incessante e com todo o fervor, solicitando libertação.

Os poderes aliados na luta contra Deus, Sua verdade e Seu povo serão o dragão, a besta e o falso profeta (Apoc. 16:13). O dragão representa Satanás, neste caso particular trabalhando por intermédio do espiritismo sob todas as suas formas: pagã (agindo nas modalidades de cultos pagãos e de superstição); cristã (amalgamando-se com os cultos protestantes ou católicos, por meio de milagres e na base da doutrina comum da imortalidade da alma); científica (sob o nome de parapsicologia e outras denominações); etc. A besta é o papado e a igreja católica. E o falso profeta é o mesmo poder que é representado pela imagem da besta, isto é, o protestantismo apostatado confederado. Tanto o protestantismo como o papado atuarão em estreita vinculação com o Estado para impor leis de caráter religioso. E esta união de Igreja e Estado se estenderá por todo o mundo.

O Armagedom.

O ato seguinte do drama milenar da luta entre o bem e o mal é descrito precisamente sob a sexta praga, ou seja, o Armagedom. O profeta viu sair da boca do dragão (o espiritismo), da boca da besta (o papado), e da boca do falso profeta (o protestantismo apóstata), três espíritos imundos, que são espíritos de demônios, os quais farão grandes sinais para enganar, e irão aos reis de toda a Terra para induzi-los à batalha final contra Deus, Seu povo e Sua verdade (Apoc. 16:12-14).

Por todo o tempo que durar a perseguição, os fiéis contarão com a proteção especial do Senhor, bem assim com a companhia dos santos anjos. Em sua última fuga de emergência das cidades serão atacados pelos exércitos perseguidores, porém as espadas levantadas contra eles se quebrarão como se fossem de palha. Serão defendidos por anjos que atuarão com aparência de guerreiros poderosos. Seu pão e sua água também serão providos de maneira admirável.

No mesmo dia em que expirar o prazo e dever cumprir-se o decreto de morte ditado contra eles, o Senhor os livrará miraculosamente, paralisando os ímpios com tremendas comoções no céu e na Terra, e com extraordinária desagregação dos elementos da Natureza. Em meio da confusão e da ira, os atacantes começarão a lutar uns contra os outros, destruindo-se mutuamente. Ouve-se a voz de Deus, e ocorre logo uma ressurreição especial, pouco antes de aparecer nos céus o majestoso sinal do Filho de Deus.

O tempo de angústia.

Este tempo é descrito em Daniel12: 1: “Naquele tempo Se levantará Miguel, o grande príncipe, que Se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro.”

O início é com o término do tempo da graça. Todas as profecias terão sido cumpridas. Terminou a sacudidura. Já terá havido o refrigério pela presença do Senhor, na chuva serôdia. A pregação do evangelho está concluída.

Nesse momento, Miguel, ou seja Cristo, o grande Príncipe que intercede por nós no santuário celestial, “Se levantará” e sairá do santuário, pondo fim a Sua obra intercessória. Ele Se despojará de Suas vestes para cingir Seu manto real. O templo do Céu se encherá de fumo, e ninguém poderá nele entrar.

Os quatro anjos de Apocalipse 7 que estavam sustendo os ventos os soltarão, de maneira que se desencadearão furiosamente todas as paixões humanas, e sobre os ímpios cairão as sete últimas pragas.

Será esta uma época de terrível agonia para o mundo, de açoites tais como nunca se presenciaram na Terra. Não fosse o fato de serem essas pragas locais, e não universais, o mundo inteiro ficaria despovoado.

Conquanto os filhos de Deus não sejam afetados pelas pragas, para eles esta época será um tempo de angústia indizível, em duplo sentido. Será em primeiro lugar uma angústia material com raiz na perseguição desapiedada de- que serão objeto. Embora alguns tenham de perder a sua liberdade e passem dias difíceis em celas e calabouços, a presença de Cristo e de Seus anjos converterão esses lugares em mansões de luz. Muitos deles andarão fugitivos em lugares afastados, mas defendidos e assistidos pelos anjos de Deus.

Mas será esse também um tempo de angústia moral. Durante esse tempo não haverá Mediador. Se houvesse em sua vida faltas não confessadas ou pecados imperdoados, estariam perdidos. Passam, pois, por uma hora de incerteza e aflição. Por um momento parecem não estar seguros de que todos os seus pecados tenham sido apagados. Como Jacó na noite de angústia que passou junto ao Jaboque, eles humilham sua alma diante de Deus e clamam com todo o fervor.

Conquanto sua fé seja severamente provada, sai fortalecida por essa experiência extraordinária. Por fim suas orações são atendidas e a paz é obtida. Não podem recordar-se de pecados inconfessados dos quais não se tenham arrependido. Todos foram confessados e perdoados antes do fim do tempo de graça. Obtiveram, pelo poder divino, a vitória sobre o mal, e foram selados. Sua salvação está assegurada.

Entre o livramento e a segunda vinda de Cristo.

A intervenção majestosa de Deus paralisa os ímpios em seus intentos de destruir os fiéis — brilha o Sol à meia-noite e há uma terrível manifestação de fenômenos sobrenaturais — há um terrível terremoto, a Terra treme, o mar ferve e se encapela, e os gigantescos edifícios das cidades modernas são destruídos.

É então que ocorre a ressurreição parcial: abrem-se as sepulturas e muitos santos se levantam para ser testemunhas da vinda de Cristo, mas de maneira especial os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo (Dan. 12:2; Apoc. 1:7). Ressuscitam também os que traspassaram o Senhor Jesus, bem assim os mais destacados inimigos da verdade.

Enquanto os ímpios quedam mudos de pavor, os santos exclamam jubilosos: “Este é o nosso Deus, a quem temos esperado, e Ele nos salvará.” Isa. 25:9.

Ao reconhecer que foram enganados, milhares começam a acusar-se mutuamente. Visam em especial os falsos pastores do rebanho. E as espadas que haviam empunhado contra os santos, vibram-nas agora uns contra os outros. Logo os ataques se voltam contra a grande igreja, contra Babilônia (Apoc. 17:16), a qual será destruída e despedaçada. Em relação com estes acontecimentos, a voz de Deus proclama o dia e a hora da vinda de Cristo.

A aparição majestosa de Cristo.

É chegado o momento culminante dos séculos, a hora anunciada longo tempo antes por todas as profecias. Uma pequena nuvem negra aparece no céu, e à medida que se aproxima da Terra torna-se cada vez mais branca e brilhante, até que se mostra como é na verdade, um exército radiante de anjos que escoltam o Rei dos reis e Senhor dos senhores em Sua procissão triunfal rumo à Terra. Cristo desce, envolto em chamas de fogo. O céu se recolhe como um livro que se enrola. A Terra treme. Movem-se os montes.

Enquanto a grande procissão se aproxima cada vez mais da Terra, outro poderoso solavanco sacode o. planeta, e os santos de todas as idades que cerraram os olhos na fé em Cristo são despertados para uma vida imortal e incorruptível. Os justos vivos são glorificados. Os ímpios ainda vivos são destruídos pelo resplendor da glória divina que fulgura com terrível brilho e majestade.

A grande espera terminou. A noite de aflição ficou para trás. E agora toda a família de Deus na Terra, redimida pelo sangue precioso do Cordeiro, está reunida com o seu querido Senhor e Mestre, e com o amante Pai celestial.

Milhares de anos de esperança foram concretizados na manhã eterna de triunfante realidade. Tu e eu devemos estar ali. Hoje é o dia da santificação; amanhã o da glorificação.

Capítulo Visão Panorâmica dos Acontecimentos Finais

Livro Preparação para a Crise Final (Fernando Chaij)


(Adventismo em Foco) e (Eventos Finais)

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