A perseguição da Igreja cristã ocorreu inicialmente sob Roma pagã, e depois a partir da apostasia gerada em suas próprias fileiras. Tal apostasia não representou qualquer surpresa – João, Paulo e Cristo já a haviam profetizado.
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Paulo advertira igualmente: “Depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (Atos 20:29 e 30). Esses “lobos” conduziriam a Igreja à apostasia.
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Á medida que a Igreja abandonou seu primeiro amor’ (Apoc. 2:4), perdeu também a pureza da doutrina, seus elevados padrões de conduta pessoal e o invisível laço de unidade gerado pelo Espírito Santo. Na adoração, o formalismo ocupou o lugar da simplicidade. Popularidade e poder pessoal passaram a influir mais e mais na escolha dos líderes, que primeiro assumiram crescente autoridade nas igrejas locais, e então procuraram estender sua autoridade sobre as igrejas vizinhas.
“A Administração da igreja local sob a orientação do Espírito Santo, com o tempo cedeu lugar ao autoritarismo eclesiástico depositado nas mãos de um único oficial, o bispo, ao qual todo membro individual da igreja se achava sujeito e através de quem, unicamente, se dizia ter este membro acesso à salvação. Portanto, a liderança pensava apenas em dirigir a igreja, em vez de servi-la, e o ‘maior’ já não era aquele que a si mesmo se considerava como ‘servo de todos’. Assim, de modo gradual, desenvolveu-se o conceito de uma hierarquia sacerdotal que se interpunha entre o indivíduo e seu Senhor.”
À medida que a importância do indivíduo e da igreja local se deteriorava, o bispo de Roma emergiu como o poder supremo da cristandade. Com o apoio do imperador, o mais elevado dos bispos, ou papa, veio a ser reconhecido como a cabeça visível da igreja universal, investido de autoridade suprema sobre todos os líderes da igreja em todo o mundo.
Sob a liderança do papado, a Igreja cristã mergulhou em apostasia ainda mais profunda. A crescente popularidade da Igreja acelerou seu declínio. Padrões de conduta rebaixados fizeram com que os não convertidos se sentissem confortáveis no seio da Igreja. Multidões que conheciam pouquíssimo do verdadeiro cristianismo, uniram-se à Igreja apenas nominalmente, trazendo consigo suas doutrinas pagãs, imagens, formas de adoração, celebrações, festas e simbolismos.
Esse compromisso entre paganismo e cristianismo conduziu à formação ou surgimento do “homem do pecado” – um gigantesco sistema de falsa religião, mistura de verdade e erro. A profecia de II Tessalonicenses 2 não condena indivíduos, mas expõe o sistema religioso responsável pela grande apostasia. Muitos dos crentes que estão dentro deste sistema, contudo, pertencem à Igreja universal de Deus, pois vivem de acordo com a luz que possuem.
Com o declínio da espiritualidade, a Igreja de Roma desenvolveu um perfil mais secular, estreitando seus laços com o governo imperial. Igreja e Estado uniram-se numa aliança não santificada. [...] Em 533 d.C., numa carta incorporada ao Código de Justiniano, o imperador Justiniano declara o bispo de Roma como sendo a cabeça de todas as igrejas. Ele também reconheceu a influência do papa na eliminação de hereges.
Doutrinas não-escriturísticas baseadas na tradição, implacável perseguição dos dissidentes, corrupção e deterioração moral de muitos membros do clero representaram alguns dos principais fatores que levaram as pessoas a clamar por uma reforma no seio da igreja estabelecida.
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Os reformadores protestantes eram quase unânimes em identificar o sistema papal como o “homem do pecado”, o “mistério da iniqüidade” e a “ponta pequena” de Daniel – a entidade que deveria perseguir o verdadeiro povo de Deus durante os 1.260 anos de Apocalipse 12:6 e 14 e 13:5, antes da Segunda Vinda.
Nisto Cremos. Páginas 212-222.
(Adventismo em Foco)
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Posição Adventista sobre a Origem da Igreja Católica
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