quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Filme garante que Jesus visitou druidas na Inglaterra

Jesus Cristo visitou uma cidade inglesa hoje famosa por seu festival de rock para encontrar os druidas. Pelo menos essa é a tese de “And Did Those Feet” (“E aqueles pés o fizeram”). O filme explora a teoria de que Jesus teria acompanhado José de Arimateia numa visita à região de Glastonbury, no sul da Inglaterra, um centro do conhecimento no mundo antigo. O Festival de Glastonbury, realizado numa fazenda próxima à cidade, é considerado o maior evento mundial de música e artes ao ar livre, e atrai alguns dos maiores astros do século 21, como Bruce Springsteen, Jay-Z, Neil Young e U2.

Pastor da Igreja da Escócia e pesquisador do filme, Gordon Strachan argumenta que Jesus pode ter ido à Grã-Bretanha para aprofundar sua educação, já que a região era um reduto de druidas, na época associados à sabedoria tradicional. “Não há por que Jesus não ter vindo”, disse Strachan à Reuters. “Glastonbury foi muito importante nos tempos antigos, a tradição remonta aos tempos pré-cristãos."

O religioso argumentou que Jesus poderia ter construído o local original da capela de São José, em Glastonbury, e que a teoria sobre sua visita é plausível, uma vez que não se sabe muito sobre a juventude do carpinteiro da Galileia.

"Ele provavelmente veio de barco com mercadores", disse Strachan. "Ele tinha muito tempo, e ninguém sabe o que ele fez antes dos 30 anos."

O produtor Ted Harrison disse a jornalistas britânicos que naquela época a ilha atraía pessoas interessadas em aprender sobre espiritualidade e filosofia - não só dos judeus, mas também das civilizações grega e clássica.

"Ele teria vindo aprender sobre o que estava sendo lecionado a respeito de astronomia e geometria, ensinado em 'universidades' comandadas por druidas na época", disse Harrison ao jornal Daily Mail.

(Estadão)

Nota: Quanta incoerência vinda de um “pastor”!

1. José de Arimateia se converteu após a morte de Jesus, portanto, não pode tê-Lo acompanhado a uma peregrinação antes de Seus 30 anos.

2. Se Jesus tivesse que “aprofundar Sua educação”, teria feito isso na escola dos rabinos e não entre os druidas da Inglaterra. Mas o ensino judaico havia se tornado formal e distanciado das Escrituras. Por isso, “o menino Jesus não Se instruía nas escolas das sinagogas. Sua mãe foi Seu primeiro mestre humano. Dos lábios dela e dos rolos dos profetas, aprendeu as coisas celestiais. As próprias palavras por Ele ditas a Moisés para Israel, eram-Lhe agora ensinadas aos joelhos de Sua mãe. Ao avançar da infância para a juventude, não procurou as escolas dos rabis. Não necessitava da educação obtida de tais fontes; pois Deus Lhe servia de instrutor” (O Desejado de Todas as Nações, p. 70).

3. O druidismo era uma “religião natural”, mística, baseada no animismo, e não uma religião revelada, como o judaísmo e o cristianismo. Procurava buscar o “equilíbrio” ligando a vida pessoal à suposta fonte espiritual presente na natureza. Os druidas eram os líderes espirituais dessa “religião”. Assim, não é preciso ir muito longe para perceber o abismo teológico/filosófico entre os ensinos de Jesus e dos druidas. (Se quiser saber como os monumentos de Stonehenge foram construídos pelos druidas, leia o impressionante livro Viagem ao Sobrenatural).

4. Conforme escreveu Ellen White, em seu best-seller O Desejado de Todas as Nações, “a infância e juventude de Jesus foram passadas numa pequenina aldeia montanhesa” (p. 68). Só isso. Antes de iniciar Seu ministério público, Jesus serviu na carpintaria de Seu pai adotivo, aprendeu a laboriosidade e a submissão aos pais, e Se tornou versado nas Escrituras e no estudo da natureza (era observador atento e Se tornou o Mestre dos mestres e grande contador de parábolas extraídas de situações e imagens simples, porém, com profundos significados espirituais).

5. Histórias especulativas a respeito de Jesus nunca deixarão de ser produzidas, o que revela o forte impacto do Mestre sobre mundo, ainda hoje. Pena que muita gente não dê atenção à única fonte autorizada e confiável sobre o Salvador, a Bíblia Sagrada.[MB]

Leia também: “Operação Cavalo de Troia”

(Criacionismo)

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