terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Como Superar a Depressão

Por Neumoel Stina

Como surge a depressão? Quais os sintomas? Você imagina que tem depressão? Se esse fantasma o assusta, a Voz da Profecia garante a você que é possível superá-lo.

A depressão se parece com uma sensação de desapontamento. Parece uma sombra, uma nuvem densa em cima da sua cabeça. Você se levanta cansado e tudo o que faz exige bastante esforço.

Tudo fica mais difícil. Aí você quase não sai, não aceita convites, prefere isolar-se cada vez mais.

Você tenta não entregar-se, procura combater esse gigante, mas volta a sentir um desânimo que suga toda a energia restante.

Parece que uma escuridão o cerca por todos os lados e você começa a descer ao poço sem fundo da depressão.

Os psicólogos afirmam que a depressão aflige a pessoa mais do que qualquer outra doença. E se houver alguma outra enfermidade, tal doença na presença da depressão galopa na direção errada.

A depressão nos ronda muito mais do que imaginamos. Especialmente nas cidades grandes. A selva de concreto se tornou tão cruel conosco, não só pelas ofensas, mas também por nos ignorar e depois nos agredir com o espectro do medo.

Esses dias fiquei surpreendido ao saber que 46% da população de São Paulo já teve algum tipo de atendimento psicológico. O fato mais perturbador segundo os profissionais é que os casos não tratados de depressão atingem números alarmantes.

A depressão pode estar ligada a alguma perda que tivemos. De um parente, a perda do namorado, da auto-estima, a perda de um emprego ou o medo de perdê-lo. Também pode estar ligada a uma reação de desapontamento, uma frustração grave e dolorida. Geralmente são ferimentos emocionais.

Comumente as pessoas estacionam em um clima negativo, descrito pelos especialistas como baixo astral. Elas conseguem viver, mas tudo ao redor fica sombrio e se sentem “pra baixo”.

Às vezes foi um insulto, uma rejeição, uma injustiça sofrida, multiplicados pela tristeza e pela raiva.

A chave para a depressão está em nossa reação a ela, nossa atitude para com essas coisas ruins que cruzam nosso caminho.

A depressão se desenvolve no cérebro. Se quisermos atacar de frente a depressão, temos que eliminar hábitos errados de pensar. Isso não é fácil, mas através da graça de Deus se torna possível.

Foi exatamente isso que aconteceu com o apóstolo Paulo quando escreveu a carta aos Filipenses. Estava preso dentro de um calabouço romano, escuro e úmido. Com certeza era uma forte razão para um grande desapontamento e tristeza.

O ativo e incansável batalhador do Evangelho, estava agora confinado entre paredes geladas de pedra. Dali escreve uma carta de ânimo aos filhos na fé. Filipenses começa e termina invocando a graça divina sobre todos eles.

Paulo não deixou seus pensamentos afundarem na escuridão das circunstâncias. Não permitiu que a ansiedade, o ressentimento e a raiva o dominassem.

Paulo colocou sua situacão depressiva nas mãos de Deus. Ele apontou seu problema na direção do Céu e quando fez isso, começou a ver a luz iluminando a masmorra fria e insalubre. Ele viu que a graça de Deus podia fazer coisas positivas por ele. Que era capaz de reverter os seus problemas, mágoas e tristezas. E ainda conseguiu escrever estas palavras, que estão registradas em sua carta aos Filipenses:

“As coisas que me aconteceram contribuíram para o progresso do Evangelho”. Filipenses 1:12.

“Dou graças ao meu Deus quando me lembro de vós.” Filipenses 1:3

“Regozijai-vos sempre no Senhor. Outra vez digo, regozijai-vos.” Fil. 4:4

“Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Filip 4:13

“Esquecendo-me das coisas que para traz ficam, prossigo para o alvo.” Filipenses 3:13 e 14

Na cela solitária poderia relembrar o passado e abominar o presente, mas resolveu acreditar no futuro. Decidiu ser alegre e agradecer.

Reverteu todo o quadro da depressão e mergulhou nas promessas divinas a ponto sentir-se feliz mesmo ali onde estava.

Conseguiu desfocar o problema pungente, para enaltecer as vitórias do Evangelho: “Com isto me regozijo, disse ele, sim, sempre me regozijarei.” Filipenses 1:18

Como então podemos superar a depressão?

Além de procurar um médico, porque depressão é doença, a fé é um elemento fundamental no processo da cura da depressão e muitas vezes o fator decisivo. É preciso confiar em Deus e pensar positivamente.

Um cardiologista chamado para uma emergência, antes de sair indicou uma paciente aos seus assistentes dizendo: “esta moça é portadora de TS.”

Como ela não sabia que TS era a sigla da sua doença, imaginou logo que TS era o código das palavras em inglês: Terminal State = estado terminal. Deprimida pensou que seus dias estavam contados e morreu em poucos dias na UTI do hospital.

O reverso também ocorre. Um senhor com o coração enfraquecido, estava em situação gravíssima. Normalmente o coração tem dois sons apenas. Mas este era um caso de falência do músculo cardíaco, e surgiu um terceiro som denominado “ritmo de galope”, estágio terminal da doença. O cardiologista disse aos alunos: “agora vocês vão assistir a um bom galope.” Mas o incrível aconteceu. O paciente em duas semanas recebeu alta completamente curado.

Ele havia entendido que o bom galope seria a reabilitação que ele teria. Imediatamente quando ouviu a expressão, a esperança estimulou sua mente e o processo de cura e restauração foi iniciado para a sua imensa alegria.

Amigo, mediante a confiança em Deus, você pode superar todos os seus problemas. Inclusive a depressão. E deixar aos cuidados divinos toda e qualquer dificuldade que esteja enfrentando. Deixe suas preocupações e fardos aos cuidados do Salvador Jesus, que disse: “Venham a Mim todos os cansados e oprimidos e Eu os aliviarei.” Mateus 11:28

Se você acreditar em Jesus, começará em você o milagre da cura e da restauração.

Leia Mais…

Quem Foi Maria?

Quem foi Maria?

Quando nossa filha Jennifer nasceu num hospital de missão em Kampala, Uganda, meu marido, nosso filho de dois anos e eu ficamos encantados. Congratulações choveram de diferentes partes do mundo. Uma carta de parentes continha uma frase inolvidável, “Se é uma menina, seu segundo nome será Maria”.

“Maria” disse eu, incredulamente. “Por que Maria?”

Meu marido lembrou-me que embora fosse adventista do sétimo dia, sua família era católica, e todas as meninas Sequeira recebiam nome em honra a Maria.

“Mas…” comecei. Sentimentos protestantes contra a veneração de Maria surgiram em meu corpo. “Como podemos chamar nossa filha em honra da Virgem Maria?”

Visto que é uma tradição de família, eu cedi. Minha filha foi dedicada “Jennifer Maria”.

Uma simples questão de nome, mas despertou alguns sentimentos profundos, sublinhando o dilema que muitos adventistas do sétimo dia — criados na linhagem protestante — podiam enfrentar.

O dilema protestante

James Hitchcock, professor de história na Universidade de St. Louis, compreende o dilema protestante: “Dadas suas premissas, estas suspeitas protestantes são bem compreensíveis, visto que uma apreciação do lugar de Maria no plano da salvação demandou séculos de meditação teológica inspirada sobre os poucos textos bíblicos que a mencionam. Visto apenas pelo bom senso, há validade no argumento protestante que, se Deus quisesse que Maria tivesse um papel crucial na vida dos cristãos, ela devia ter figurado mais proeminentemente no Novo Testamento”1

Que sabemos nós realmente dessa donzela judia especial?

Que diz a Bíblia?

A Bíblia refere-se a Maria mais de 20 vezes.1

Mateus honra seu nome na genealogia de Jesus. O evangelho fala de seu noivado com José, e sua concepção de Jesus pelo Espírito Santo quando ainda virgem. José quer romper o noivado silentemente, mas informado por um anjo num sonho, ele crê na história de sua gravidez, e assume a responsabilidade de cuidar dela e de seu filho. Os Sábios do Oriente visitam a família e deixam dádivas preciosas para a criança.

Marcos menciona que Maria e os irmãos e irmãs de Jesus estão presentes quando Ele prega no sábado numa sinagoga. Lucas identifica Maria como prima de Isabel, cujo marido Zacarias era um sacerdote.

Lucas provê uma narrativa detalhada do encontro de Maria com o anjo Gabriel que lhe diz que ela achou “graça diante de Deus”. Ela devia dar à luz uma criança cujo nome seria Jesus, filho do Altíssimo. Maria pergunta: “Como se fará isso . . . visto que sou virgem?”

O anjo lhe explica então que ela iria conceber pelo poder do Espírito Santo para trazer a este mundo seu Salvador, e ela responde: “Sou a serva do Senhor . . . cumpra-se em mim segundo a tua palavra.” Obediência e entrega seguem à fé.

Durante a visita de Maria a sua prima, a criança salta no ventre de Isabel, reconhecendo a presença da Santa Criança. Isabel, “cheia do Espírito Santo” exclama: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre!” Mais tarde ela chama Maria “mãe do meu Senhor”.

“Mais humilde do que nunca dantes, Maria procede em magnificar o Senhor naquelas linhas emocionantes (Lucas 1:46-66) que vieram até nós como o Magnificat imortal. É o hino de Maria louvando a Deus por Suas obras maravilhosas. Este canto jubilante brota de seu coração e em sua riqueza desdobra a grandeza de sua experiência espiritual. Nela percebemos que Maria conhecia os velhos salmos de seu povo e também o Canto de Ana”.3

José e Maria procedem para Belém. Não havia lugar na estalagem para eles. Entram num abrigo de animais, e Maria dá à luz a este filho da promessa. Os pastores vêm homenagear depois que anjos lhes contam da vinda do Salvador. Maria “guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração”.

Depois dos oito dias tradicionais, Jesus é circuncidado. Então, após os 40 dias, Maria prepara-se para os ritos de purificação. Ao ser Jesus dedicado no templo em Jerusalém, o piedoso Simeão, guiado pelo Espírito Santo, estende a mão para abençoar a criança. Simeão louva a Deus por enviar luz aos gentios e salvação para os judeus. Sua profecia de que uma espada atravessaria a alma de Maria ressoa muitos anos mais tarde ao pé da cruz.

Mas Herodes já está à busca da criança. A família foge para o Egito. Voltam para Nazaré depois da morte de Herodes. Aos 12 anos, Jesus acompanha Maria e José a Jerusalém para a Páscoa. De volta para casa, seus pais terrenos ficam terrificados ao descobrir que Jesus desaparecera. Voltam a Jerusalém e acham o menino conversando com os mestres no templo. Ele diz a seus pais que precisava tratar dos negócios de Seu Pai. De novo a Escritura relata que Maria “guardava em seu coração todas estas coisas”.

João descreve as bodas de Caná na Galiléia. Quando Maria diz a Jesus que o suprimento de vinho se esgotara, Ele lhe lembra: “Ainda não é chegada a minha hora”. Com fé implícita, ela diz aos servos: “Fazei tudo que ele vos disser”. Logo eles testemunham Seu primeiro milagre.

Jesus lembra as necessidades de Sua mãe terrestre. Morrendo na cruz, Ele a confia ao cuidado terno de João, Seu discípulo amado. Maria ouve as boas novas da ressurreição dos lábios de Maria Madalena e associa-se aos homens e mulheres no cenáculo depois da Ascensão.

A arte sacra e Maria

Segundo Roger Calkins, “O culto da Virgem, que teve sua origem no século 12, floresceu no século 13, e trouxe com ele novas atitudes sobre o papel da Virgem como a mãe humana de Deus bem como a intercessora para a salvação da humanidade”.4

Junto com o culto em desenvolvimento, obras de arte retratando Maria também floresceram. Muitos símbolos foram ligados com seu retrato: o lírio, denotando virgindade; violetas, significando humildade; o jardim cercado sua pureza; uma porta, simbolizando castidade, para ser aberta pelo Espírito Santo; um recipiente aberto e fonte, denotando seu estado virginal e o fato que Deus encherá o ventre vazio de Maria com água da fonte da vida.

Algumas obras de arte mostram as mãos de Maria aconchegando seu Bebê, apontando para Ele, mostrando uma atitude de bênção. A estátua famosa de Miquelângelo, A Piedade (1498-1499), mostra Maria numa posição superior como linha vertical com o corpo lasso de seu Filho sobre seu colo acrescentando uma barra horizontal à escultura.

A Morte da Virgem, um mosaico de Palermo, Itália, demonstra o pensamento do dia. Uma Maria em miniatura envolvida numa fralda representa seu espírito sendo levado para o céu por Cristo e os anjos.

Outras venerações na arte e na literatura podem ser notadas. Um Hino a Maria—velho poema inglês—a chama “A Rainha do Paraíso”5, vindo da linha real de Davi, sugerindo que ela é de sangue nobre! Não somente Maria é vista como Rainha do Céu, mas o mosaico no apse de Santa Maria em Trastevere, Itália, mostra Cristo e Maria partilhando o trono. Uma escultura de marfim no Louvre, em Paris, revela como isso ocorreu—Cristo mesmo a coroou!

Uma escultura da Virgem de Marfim e a Criança inclui uma maçã, reminiscente do Éden. Cristo é o segundo Adão, assim Maria, por sua relação especial, é vista como a segunda Eva.

O Livro das Horas em Haia, Holanda, contém uma ilustração, Doadores Ajoelhando-se Diante da Virgem e da Criança6, na qual Maria aparece mediando entre a humanidade e Cristo.

Assim, através dos séculos na tradição européia, Maria emerge como co-redentora, assentada no céu com Cristo, seu Filho.

Católicos e Maria

Para os protestantes compreenderem a elevação de Maria na teologia católica, precisamos primeiro considerar a opinião católico-romana da Virgem.

Primeiro, a virgindade perpétua. A teologia católica ensina que Maria era virgem antes do nascimento de seu Filho, e que ela assim ficou o resto de sua vida.

Segundo, a concepção imaculada. Christopher Kaczor diz: “A imaculada concepção refere-se . . . à isenção de Maria do pecado original desde o primeiro momento de sua concepção”.

Terceiro, a assunção corpórea. A pessoa total de Maria (corpo e alma) foi para o céu (foi assumida ao céu), diferente de Cristo que ascendeu, e diferente dos santos cujas almas ascenderam, mas não seu corpo7.

Este ensino é um dogma para os católicos (isto é, crença que não pode ser mudada). Mark Brumley explica: “O dogma da Assunção significa que a Virgem Maria agora experimenta no céu aquela união de corpo e alma glorificados que seu filho desfruta. Ela não é um espírito desencarnado, mas uma pessoa humana completa, corpo e alma, matéria e espírito, reinando com Cristo”.8

Quarto, Maria a co-mediadora. Eamon R. Carroll diz: A “santa Igreja honra com um amor especial a Bendita Maria, Mãe de Deus, que é ligada por um elo inseparável à obra redentora de seu Filho”. E ademais, “o corpo todo dos fiéis dirige urgentes súplicas à Mãe de Deus e dos homens para que ela, que ajudou o primórdio da igreja com suas orações, possa agora, exaltada como é, acima de todos os anjos e santos, interceder diante do Filho na comunhão de todos os santos”.9

Quinto, as aparições de Maria. Na última metade deste século, a Igreja Católica Romana tem reivindicado ao menos 69 aparições de Maria.10 Ver o quadro anexo.

Por que estão essas coisas sobrenaturais acontecendo? Segundo um comentador católico, “o sonho de São João Bosco parece apontar para dois dos pilares do catolicismo como sendo essenciais durante este tempo de grande angústia: O fato de que Jesus, verdadeiramente presente na Eucaristia, é a salvação de todos que nEle crêem, e que a Virgem Imaculada, a mãe de Jesus, sempre ajudará aqueles que procuram seu Filho. Precisamente estes dois elementos da fé católica é que são fortalecidos, reforçados e trazidos à atenção pública pelos relatos recentes de aparições de Maria e de “milagres eucarísticos!”11

Os adventistas do sétimo dia e Maria

Os adventistas do sétimo dia, juntamente com nossos amigos católicos, crêem que Maria foi escolhida por Deus para desempenhar um papel singular como mãe do Salvador. Contudo, na base das Escrituras, rejeitamos a veneração da pessoa de Maria, e também a crença de que ela está no céu e que age como medianeira entre o pecador e o Salvador.

A Bíblia ensina que podemos achegar-nos a Jesus diretamente através da oração e que Ele é nosso único mediador.12 Cremos que Maria, como todos os outros crentes redimidos, espera a ressurreição.

Os adventistas também rejeitam o conceito da imaculada conceição. A asserção de Paulo de que “por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim, também, a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Romanos 5:12) aplica-se também a Maria.

Ellen G. White comenta: “A única esperança de redenção para nossa raça caída, está em Cristo: Maria só podia encontrar salvação mediante o Cordeiro de Deus. Não possuía em si mesma nenhum mérito. Seu parentesco com Jesus não a colocava para com Ele em posição diversa, espiritualmente, da de qualquer outra alma humana. Isso se acha indicado nas palavras do Salvador. Ele torna clara a distinção entre Sua relação para com ela como Filho do homem e Filho de Deus. O laço de parentesco entre eles não a coloca, de maneira alguma, em pé de igualdade com Ele.”13

Como então deviam os adventistas do sétimo relacionar-se com Maria? Como cremos que a Bíblia é a Palavra inspirada de Deus, repudiamos devoção aos santos. A tradição católica elevou Maria a uma posição na qual ela é venerada como quase igual a Cristo. De outro lado, podíamos aprender a dar a Maria a atenção que ela merece como a pessoa especialmente escolhida para dar nascimento e cuidado ao Filho de Deus — o Salvador do mundo.

Talvez devêssemos ouvir Luci Shaw, poetisa e diretora de publicação, que escreve: “Poderia ser diferente se evitássemos ambos os extremos, e contemplássemos Maria com bastante clareza para ver a mulher mostrada na Bíblia. Não somente foi ela uma simples mortal, sem pretensão para que todos nós nos identifiquemos com ela, mas ela encaminha esta geração egocêntrica para a vereda dos teocêntricos, dos fiéis e obedientes.”14

Aparições Recentes de Maria

A Igreja Católica Romana tem anunciado um número crescente de aparições de Maria e mensagens, que incluem as seguintes:

* Nossa Senhora do Rosário, Prouille, França, 1208. Desde então o rosário foi pregado e introduzido como remédio para heresia e pecado. Esta aparição levou à fundação da ordem dos dominicanos.
* A Madona Preta, Czestochwa, Polônia, 1382. Um quadro atribuido a São Lucas foi exibido. Em 1430, com o aparecimento da Madona, um ladrão morreu. A Madona Preta tornou-se o símbolo da unidade polonesa.
* Nossa Senhora de Guadalupe, Guadalupe, México, 1531. Juan Diego, um índio azteca, pretendeu ter visto Maria quatro vezes. Seu tio que morrera reviveu e recebeu uma mensagem para construir uma igreja. A imagem de Maria é preservada sobre um poncho. Calcula-se que seis milhões de aztecas foram convertidos.
* Nossa Senhora de Lavang, Lavang, Vietnã, 1798. Durante uma perseguição severa dos católicos, Maria parece ter aparecido e oferecido a segurança de que todas as orações seriam respondidas. Uma igreja foi construída em 1886, foi ampliada em 1928, e foi destruída durante a guerra do Vietnã.
* Nossa Senhora da Medalha Miraculosa, Paris, França, 1830. Em meio de tribulações ameaçando o trono e no meio de miséria mundial, curas e conversões foram identificadas e atribuidas a uma medalha comemorando a aparição de Maria.
* Nossa Senhora de Lourdes, Lourdes, França, 1858. Bernadette, 14, viu 18 visões de Maria. Numa visão, foi-lhe dito para cavar um buraco e banhar-se. Uma fonte curativa apareceu, e Lourdes tornou-se um importante lugar de peregrinação.
* Nossa Senhora de Fátima, Fátima, Portugal, 1917. Três crianças viram muitas visões durante seis meses. Ficaram assustadas com uma visão do inferno. As visões mencionavam o fim da Primeira Guerra Mundial e prediziam a Segunda Guerra Mundial. As visões também anunciaram que o mundo seria punido por ofender a Deus.
* Nossa Senhora de Medjugorje, Medjugorje, Iugoslávia, 1981. Maria deu a seis jovens dez segredos. Sua mensagem era simples: Convertam-se, orem, jejuem, voltem a Deus, e esperem sofrimento no futuro porque a humanidade aproxima-se de uma catástrofe causada por ela mesma.

Leia Também:

Atenção: Nova Aparição de Satanás Transformado em Maria

…………………………………………………………………………

Jean Sequeira é membro do corpo editorial da Adventist Review. Seu endereço: 12501 Old Columbia Pike; Silver Spring, Maryland 20904; E.U.A. E-mail: 74532.2477@compuserve.com

Notas e referências
1. James Hitchcock, “Mary,” Catholic Dossier (maio/junho, 1996).
2. Mateus 1:16, 18, 20; 2:11, 13; 13:55; Marcos 6:3; Lucas 1:27, 30, 34, 38, 39, 41, 46, 56; 2:5, 16, 29, 34; João 2:1, 3,5; Atos 1:14.
3. Edith Deen, All the Women of the Bible (San Francisco: Harper & Row, 1955), pág. 160.
4. Robert G. Calkins, Mountains of Medieval Art (New York: E. P. Dutton, 1979), pág. 137.
5. Burton Raffel, Poems From the Old English (Lincoln: University of Nebraska Press, 1964).
6. Calkins, pág. 219.
7. Munificentissimus Deus (Papa Pio XII bula, 1950).
8. Mark Brumley, “Mary’s Assumption: Irrelevant and Irreverent?” Catholic Dossier, (May/June 1996).
9. Eamon R. Carroll e O. Carm, “Light on Our Blessed Lady”, Catholic Dossier, Ibid.
10. Ver: http://www/members.aol.com/bjw1106/marian12.html
11. Ver: http://www/members.aol.com/bjw1106/marian1b.html
12. Ver Mateus 7:7-11; João 14:13, 14; 15:16; 16:23; 24; Hebreus 4:14- 16; 7:24, 25; 9:15; 12:24; 1 João 2:1.
13. O Desejado de Todas as Nações (Santo André, São Paulo; Casa Publicadora Brasileira, 1979) pág. 131. Neste tocante retrato de Jesus, Ellen White faz várias referências à Maria: Sua pobreza (págs. 38, 42, 44); sua fé no nascimento de Cristo (84); sua atuação como a primeira professora de Jesus (58); sua incompreensão da missão de Cristo (46, 70, 79, 131); sua participação em Seu sofrimento (46, 79, 129, 715); suas perplexidades no lar (70, 304); suas esperanças no casamento de parentes em Caná (129); sua relação espiritual com Cristo (130); e na crucificação a carinhosa provisão de Cristo para Maria (722).
14. Luci Shaw, “Yes to Shame and Glory”, Christianity Today, (12 de dezembro de 1986), pág. 22.

Leia Mais…

A Ciência Descobriu o que Já Sabíamos!

O corpo humano literalmente brilha, emitindo luz visível em níveis extremamente baixos que aumentam e reduzem durante o passar do dia, descobriram cientistas. É uma luz visível diferente da radiação infravermelha, uma forma de luz invisível, emitida pelos corpos humanos.

Pesquisas anteriores já mostraram que o corpo emite luz visível mil vezes mais fraca do que os níveis visíveis a olho nu. É fato que virtualmente todos os animais emitem luz extremamente fraca, o que se pensa ser um subproduto de reações bioquímicas envolvendo radicais livres.
Para descobrir mais sobre esta forma fraquíssima de luz visível, cientistas japoneses utilizaram câmeras extremamente sensíveis capazes de detectarem fótons individuais. Cinco voluntários jovens e saudáveis eram colocados em frente às câmeras sem camisa, em ambientes totalmente selados contra iluminação, durante 20 segundos a cada três horas. Das 10 da manhã às 22h da noite.
Os pesquisadores descobriram que o brilho o corpo aumentou e caiu durante o dia, com o nível mínimo sendo as 10h da manhã e o pico as 16h, caindo gradualmente depois deste horário. Estas descobertas sugerem que estas emissões de luz estão ligadas ao nosso relógio corporal, chamado de ciclo circadiano, e deve estar relacionado às flutuações do ritmo metabólico ao longo do dia.
Os rostos brilhavam mais do que o restante do corpo. Isso pode ocorrer pelo fato das faces serem mais bronzeadas do que o restante do corpo, pois são mais expostas a luz do sol. A melanina, o pigmento da pele, tem componentes fluorescentes que podem ampliar a minúscula produção de luz do corpo.

Como a fraca luz está ligada ao metabolismo, estas descobertas sugerem que as câmeras podem encontrar fracas emissões que podem ajudar a identificar problemas de saúde, segundo Hitoshi Okamura, um biólogo circadiano da Universidade de Kyoto, no Japão.
Se você pode ver esta luz fraca na superfície do corpo, você pode ver a condição de todo o corpo, disse o pesquisador Masaki Kobayashi, um especialista em fotônica do Tohoku Institute of Technology, no Japão.
A pesquisa foi publicada na revista científica PLoS ONE.

O que nós já sabíamos !

Este casal imaculado não usava roupas artificiais. Achavam-se vestidos com uma cobertura de luz e glória, tais como os anjos. Signs of the Times, 9 de janeiro de 1879.

Fonte: IASD Maranhão.

Leia Mais…

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O Natal e a Sua Saúde Mental

natal-esperanca

O que significa saúde mental? Alguns cientistas dizem ser a capacidade de trabalhar e amar, de produzir e interagir socialmente. Isto está certo, mas é preciso viver isto com equilíbrio e com um significado na vida que dê valor a ela, valor às pessoas, valor espiritual.

Saúde mental depende primeiro de tudo de saúde física porque a mente depende do cérebro. O cérebro de um adulto pesa cerca de um quilo e meio. Então, precisamos ter um cérebro saudável para ter uma mente saudável e, assim, ter saúde mental.

Má alimentação, falta de exercícios físicos, excesso do consumo de gorduras, especialmente de origem animal, não beber água pura, consumo de cafeína e outras substâncias, intoxicam o cérebro. Resultado? Uma mente menos capaz de pensar, sentir e agir com equilíbrio.

As boas novas é que, se você até agora maltratou seu cérebro, é possível ocorrer o que os neurocientistas chamam de “neuroplasticidade”. Neuroplasticidade significa que os neurônios (células cerebrais) possuem uma habilidade para forjar novas conexões, abrir novos caminhos através do córtex, e até mesmo assumir novos papéis. Se você crê nisto e se coopera com seu organismo adotando práticas saudáveis em seu estilo de vida, a mente atua na matéria positivamente. Se você não acredita, sua mente determina a não restauração cerebral. Quando a mente muda, o cérebro muda. O que você diz para o seu corpo (cérebro também é corpo) pelos seus hábitos físicos e atitudes mentais, ele obedece, para a morte ou para a vida.

Saúde mental significa um cérebro saudável e uma mente saudável. Mas o que é uma mente saudável? O apóstolo Paulo na carta aos Filipenses, capítulo 2 e versículos de 3 até 11 diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós a mesma mente que houve também em Cristo Jesus. Que sendo Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Você consegue ter essa maravilhosa qualidade de saúde mental?

Quando Jesus ía nascer, foi determinado que seu nome seria Jesus “porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados (do povo).” Mateus 1:21. O nome “Cristo” vem de “Christos” no grego e “Mashiach”no hebraico, significando “Messias” ou “O Ungido”. E Jesus em hebraico é “Joshua” ou “Yehoshuah” que significa “Jeová é Libertação”. Saúde mental é libertação de tudo aquilo que prende você em condutas desonestas, agressivas, viadosas, egocêntricas, orgulhosas, mentirosas, obsessivas, idolátricas (você pode idolatrar uma imagem, uma pessoa, a comida, o sexo, posições de lideranças, etc.). Idolatria é oposto à saúde mental.

Saúde mental? Primeiro você precisa de um cérebro saudável. Depois, uma mente saudável que é a que tem predomínio de pensamentos puros, sentimentos equilibrados movidos pelo amor o qual é uma escolha positiva, e pratica atos semelhantes aos de Jesus Cristo, ou seja, sempre em benefício das pessoas. Em seguida você precisa de espiritualidade. Saúde mental depende da boa espiritualidade. E espiritualidade não é religiosidade. Há muita hipocrisia na religiosidade. Mas o apóstolo Paulo fala: “Ora, o homem natural (sem despertar espiritual, mesmo estando dentro de qualquer igreja, sociedade secreta, seita ou filosofia) não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o homem que é espiritual, discerne bem tudo.” 1 Coríntios 2:14 e 15.

Quer um Modelo perfeito de saúde mental para copiar? “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz.” Isaías 9:6.

Feliz Natal em Jesus Cristo, o Modelo perfeito de saúde mental!

Cesar Vasconcellos de Souza

www.portalnatural.com.br

Leia Mais…

E se a pessoa-cacto não quiser mudar?

Esperanca-cactu

No artigo anterior tentei mostrar que algumas pessoas são como cactos, cheias de “espinhos”, agressivas no lidar com os outros. Escrevi que para ajudá-las, precisamos amá-las, perdoá-las, exercer compaixão para com elas. Mas, há um outro lado. E se elas não quiserem mudar e permanecerem duras, agressivas, autoritárias? Que fazer?

Jesus disse que aquele a quem pouco é perdoado, pouco ama. (Lucas 7:47) Podemos entender que esta pessoa perdoada necessita se tornar amável, permitindo que nos aproximemos dela sem medo de que ela soltará seus espinhos, por aprender a não mais ser um cacto que fere.
Nos grupos de Alcoólicos Anônimos há dois tipos de membros que adquiriram a sobriedade. Ambos pararam de beber qualquer bebida que contenha álcool, só por hoje. Mas um grupo parou de beber e parou nisto, sendo ainda com pessoas duras, às vezes agressivas e autoritárias. Outro grupo são dos que procuram ir além da sobriedade química, procurando o que chamam de “despertar espiritual” – a busca de vitória sobre defeitos de caráter, lutando consigo mesmos pedindo ajuda ao Poder Superior – Deus, para vencer o seu lado cacto espinhoso. E Deus sempre dá esta vitória para quem a quer.
Um primeiro passo para lidar com quem você vive ou trabalha e que não avança na direção da vitória sobre o lado espinhoso, pode ser aprender a lidar com ela de uma maneira mais diplomática, se protegendo, dando dois passos para trás no contato com elas, evitando discussões desnecessárias do que depender de você, e evitando atribuir o jeito delas de lançar espinhos como algo contra você. Em geral ela faz isto porque não está bem é com ela mesma.
Neste afastamento preventivo de desgaste emocional você permite à pessoa-cacto ser o que ela pode ser. Isto favorece mudança. Quando temos a liberdade de ser o que somos, podemos começar a ver que parte do que somos precisa de ajustes. Mas vamos considerar que a pessoa-cacto não aproveita a liberdade que damos (oposto de querer controlá-la e mudá-la) , não quer olhar para si, rejeita ajuda, nega ter problemas, e “levanta o nariz”. E agora?
Damos um segundo passo, ligado ao pensamento: “Tudo o que eu tenho de fazer é tirar as minhas mãos e abrir meu coração.” Abra seu coração e diga como se sente ferido(a) com as atitudes “cacto” da pessoa. Não é atacá-la, mas mostrar como atitudes dela machucam você. Mostre sua ferida e explique que dói e como dói. E se mesmo assim ela der desculpas, racionalizar, e se defender da percepção dos defeitos de caráter, jogando mais espinhos em você. Ufa! Cansa, né? Mas vamos lá. Que fazer?

Grupos de ajuda, como o Al-Anon (para amigos e familiares de alcoólicos), tem um lema que chama-se “desligamento afetivo com amor”. Este é o terceiro passo na busca de lidar com pessoas que tem comportamento que está machucando você, nega ter problemas, não procura mudar seu jeito ruim de ser, e não se torna amável.
Este desligamento não é deixar de ama. Significa que não posso fazer pelo outro aquilo que ele precisa fazer. Direciono minhas energias para coisas de minha vida, meu trabalho, minhas metas, e deixo a pessoa ser o que ela quer e pode ser. Admito que não posso controlá-la. Entendo que a solução do problema “cacto” dela não está nas minhas mãos resolver. Evito tentar mudá-la ou culpá-la, e me concentro em fazer o melhor para mim. Não tento concertá-la, mas dar apoio. Me importo por ela, mas não cuido dela como se fosse um bebê. Não fico no meio controlando os resultados, mas deixo que ela influa no seu destino. Evito ser superprotetor permitindo-a encarar a realidade. Você aprende a cuidar de si mesmo ainda que a pessoa que você ama escolhe não procurar ajuda para o problema pessoal dela. Você permite que ela aprenda com os erros dela.
Exemplo de “desligamento emocional” com amor, pode ser o de uma esposa de alcoólico que sempre que encontrava o marido bêbado, caído na porta do quarto do casal, urinado, fedendo, ela o arrastava até o banheiro, o lavava, e o colocava na cama limpinha. No dia seguinte ele não se lembrava nada do que havia feito e de como ela havia cuidado dele, voltando a repetir a mesma cena inúmeras vezes. Quando ela aprendeu o significado do desligamento, mudou sua atitude. Deixava o marido caído no chão do quarto, se estava no inverno frio o cobria com uma boa coberta, e deitava-se, dormindo bem. No dia seguinte, ao ele acordar no chão, urinado, cheirando mal, e agora consciente, podia refletir sobre sua própria conduta e, assim, começar a desejar e a escolher uma melhor conduta.
Finalmente, vamos pensar que mesmo assim a pessoa-cacto continue afinetando você, ainda que você esteja praticando o desligamento com amor. Que fazer? Um quarto passo é explicar que você precisará sair do ambiente se ela continuar a espetar. Alguém disse: “Ter vizinhos é bom, mas coloque sua cerca.” Às vezes esta cerca tem que ser colocada dentro de casa, não para afastar as pessoas, mas para proteger de abusos de pessoas-cacto que não desejam melhorar.

Escrito por Dr. Cesar Vasconcellos de Souza
www.portalnatural.com.br

(Esperança)

Leia Mais…

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Não Julguemos as Pessoas. Podemos ser parecidos

naojulguemosaspessoas - esperanca

Primeiro de tudo olhe-se a si mesmo. Depois… olhe-se de novo. Não podemos julgar os motivos do coração das pessoas.

Algumas pessoas são duras, ríspidas, autoritárias. Parecem um cacto, expondo facilmente os espinhos, os quais, na verdade, servem como defesa, nesta planta e nestas pessoas. Devemos julgá-las? Quem não tem este temperamento, é melhor que elas?

O nome “cacto” surgiu há cerca de 300 anos antes de Cristo com o grego Teofrastus. Em seu trabalho Historia Plantarum, ele associa o nome cacto à plantas com fortes espinhos. Todos os cactos florescem, e certas espécies só dão flores após os 80 anos de idade. Depois da primeira floração, todo ano, na mesma época, as flores reaparecem. Algumas espécies dão frutos comestíveis como o cacto mexicano Opuntia Ficus-indica, que produz o figo-da-índia. Apesar de 92% de sua estrutura ser água, a presença do cacto indica sempre solo pobre e seco.

Um dia Jesus disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados.” Mateus 7:1 e 2. Muitos acham ter superior discernimento e assim criticam os motivos das pessoas. Com nossa mente finita e limitada não podemos ler o coração das pessoas. Nossa tendência é julgar pelas aparências e, então, cometemos graves erros. Somos imperfeitos, por isso não estamos qualificados para o julgamento de outros.

Os que tendem a criticar e tentam corrigir os outros, frequentemente possuem faltas que podem ser inconscientes para eles mesmos as quais podem ser piores do que aquelas que eles condenam nas pessoas. Estas atitudes fazem mais mal do que bem. Será melhor evitarmos colocar o foco das conversas sobre faltas dos outros pois isto cria uma disposição infeliz.
Já que não podemos ler o coração das pessoas, é melhor não atribuir a elas motivos errados. Nem todos tiveram boa educação. Alguns vieram de lares quebrantados por abusos variados, gerando crianças duras, defensivas, autoritárias, como cactos cheio de espinhos, brotando palavras ríspidas facilmente. Quando crianças talvez copiaram este modelo de algum adulto que exercia forte influência sobre elas. E/ou aprenderam a ter “espinhos” para se defenderem dos abusos reais e do medo deles. Daí, os espinhos passaram a ser parte de seu ser.
Se o amor habita em nosso coração, os sentimentos e palavras serão amáveis para com as pessoas que (ainda) não sabem ser amáveis e dóceis, talvez porque ainda não percebem seus espinhos, não sabem abaixar a guarda e dialogar com serenidade. Talvez nosso amor para com elas seja o único caminho e remédio para que elas possam dar flor, ou seja, serem dóceis.

Comparar nós mesmos com qualquer pessoa não é algo sábio. Se você exige dos outros uma perfeição que você mesmo não possui, não é algo injusto? Não cria tensão no relacionamento? Muitas vezes julgamos as pessoas por erros que também cometemos ou por comportamentos que também possuímos, só que não percebemos ainda ou disfarçamos.

Quando condenamos ou criticamos outros, nos declaramos a nós mesmos culpados. Nosso caráter é revelado pela maneira como tratamos os outros. Aquele que não percebe que não percebe, pensa que percebe. São os cegados pela malignidade os mais propensos a criticar e condenar. E podem possuir uma rebeldia maligna em seu caráter. Lembre-se: a sentença que você passar para outros, estará sendo passada sobre você mesmo. Lembre-se também de que aqueles com quem você lida tem sensibilidades tão afiadas quanto as suas. Uma palavra amável, uma mão ajudadora, um braço sobre os ombros com compaixão, podem salvar estes “cactos” da ruína. Demonstre misericórdia, bondade, humildade de mente, simplicidade, paciência, perdão, e amor para com estas pessoas rudes. Algumas não conseguirão florescer nem mesmo depois de 80 anos porque não se interessam por isto, deixando sempre e somente os espinhos à vista e machucando a todos constantemente. Outras aprenderão a abandonar seus espinhos e usar defesas mais adequadas quando se sentirem ameaçadas. Florescerão e até alimentarão outros! Elas precisam de consciência (percepção) e escolha de comportamento melhor. Como todos nós. Vamos refletir seriamente sobre um pensamento que diz: “Primeiro de tudo, olhe-se a si mesmo. Depois … olhe-se de novo.”

Dr. César Vasconcellos
www.portalnatural.com.br

(Esperança)

Leia Mais…

É Possível Saber Quando Jesus Nasceu?



Na época do Natal sempre surge a pergunta: Em que mês do ano Jesus nasceu de fato?

A Bíblia nos fornece alguns detalhes que possibilitam uma aproximação da estação do ano em que Jesus nasceu. Nosso estudo vai se basear em Lucas 1, 2 e 1 Crônicas 24.

Esse estudo não pretende descartar as tradicionais celebrações de Natal no mundo cristão como "pagãs" ou "inválidas" porque supostamente não se baseiam na Bíblia. O autor ainda considera o Natal cristão em dezembro como a melhor época para se celebrar o nascimento de Cristo.

Lucas 1:5 diz que

"Houve nos dias do Rei Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da turma de Abias; e sua mulher era descendente de Arão, e chamava-se Isabel."

Zacarias era o pai de João Batista, que nasceu 6 meses antes de Jesus.

1 Crônicas 24 revela que os sacerdotes levitas foram organizados em 24 turmas para servirem no Templo e que Abias era da oitava turma (1 Crô. 24:10). Zacarias era da turma de Abias, ou seja, da oitava.

Cada turma servia 2 vezes por ano, cobrindo assim 48 semanas do ano judaico. Nas 3 semanas restantes celebravam-se festas em que todos os sacerdotes serviam juntamente: Páscoa, Pentecostes e a Festa dos Tabernáculos.

Segundo o Talmude, o primeiro ciclo de sacerdotes como iniciava-se em Nisan 1 que no ano 5 A.C. corresponde a 8 de abril do nosso calendário. Começando a contagem desse dia, Zacarias serviria na oitava semana. Sendo assim o cronograma das turmas seria o seguinte:

8-15 de abril = 1a turma

15-22 de abril = 2a turma

22-29 de abril = Todas as turmas (Festa da Páscoa e Pães Asmos)

29 de abril - 6 de maio = 3a turma

6-13 de maio = 4a turma

13-20 de maio = 5a turma

20-27 de maio = 6a turma

27 de maio - 4 de junho = 7a turma

>> 4-11 de junho = 8a turma = Zacarias

>> 11-18 junho = Pentecostes = Todas as turmas

Sobre Zacarias, Lucas diz que "terminados os dias do seu ministério, voltou para casa" (Luc. 1:23), o que teria sido após o diz 18 de junho. Lucas 1:24 também revela que "depois desses dias Isabel, sua mulher concebeu". Algumas versões trazem "logo após esses dias" o que colocaria o início da gravidez de Isabel nas duas próximas semanas, entre 18 de junho e 1 de julho.

Lucas também revela que quando Isabel estava grávida de seis meses (Lucas 1:26, 36), Maria concebeu a Jesus pelo Espírito Santo. Calculando do período de duas semanas entre 18 junho a 1 julho, o sexto mês de Isabel seria entre meados a fins de dezembro.

Jesus teria sido concebido pelo Espírito Santo entre meados e fim de dezembro do ano 5 A.C. Isso colocaria o seu nascimento entre o fim de setembro e início de outubro do ano 4 A.C.. (dias 15-22 do mês Tishri).

O mês de Tishri era quando ocorria a Festa dos Tabernáculos, que envolvia todo o povo judaico, segundo Josefo, aproximamente dois milhões de Judeus. O censo e taxação dos judeus (Lucas 2:5) poderia ter ocorrido durante essa festa pois era justamente depois da colheita e o fim do ano civil, segundo os costumes judaicos da época. A festa juntamente com o censo também explicaria a falta de lugar nas pousadas de Belém, que era, segundo o Talmude, uma das cidades satélites de Jerusalém que comportava os adoradores.

Outras evidências textuais apóiam essa datação:

1. João usa a linguagem da Festa dos Tabernáculos para se referir a Jesus que "se fez carne e habitou (literamente "fez tabernáculo") entre nós" (João 1:14). João está se referindo a Isaías 7:14: "Será chamado Emanuel, Deus Conosco." A palavra grega para habitar aí é skene = habitar, fazer tabernáculo, e parece ter-se originado da palavra hebraica shachan= residir, de onde temos Shekinah, que era a presença de Deus no Tabernáculo.

2. João também usa a linguagem da Festa da Dedicação ou das Luzes (Hanukkah) que começava no dia 25 do mês judaico de Chislev, correspondente ao nosso dezembro, para se referir à encarnação de Jesus: "Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens" (João 1:4-5, 8-9). Em João 10 onde essa Festa das Luzes é descrita, Jesus novamente se refere a sua encarnação, v. 36 "aquele a quem o Pai ... enviou ao mundo".

3. Jesus foi batizado com cerca de 30 anos (Luc. 3:23) e foi crucificado "no meio da semana" (Dan. 9:27) ou seja três anos e meio depois de sua "unção = batismo". Isso colocaria sua morte justamente na páscoa do ano 31 A.D. segundo Marcos 14:12, 15-25.

4. O anúncio das "novas de grande alegria para todo o povo" (Luc. 2:10) pelo anjo parece emprestar termos da Festa dos Tabernáculos, que deveria ser celebrada "com alegria" (Lev. 23:4). Essa festa também é a única em que todo o mundo é convidado a participar (Zac. 14:16-19).

Portanto, a época do ano em que Jesus nasceu é entre fim de setembro e início de outubro do ano 4 A.C..

Poderia-se, no entanto, objetar a essa datação dizendo que não é possível determinar com precisão quando Isabel teria engravidado. Ela poderia ter concebido mais tarde pois Zacarias só voltou ao serviço do Santuário para a Festa dos Tabernáculos, entre setembro e outubro. Nesse caso, o nascimento de Jesus poderia ser de 4 a 8 semanas depois da Festa dos Tabernáculos, colocando-o assim ainda mais perto do Natal cristão. Zacarias poderia estar também em seu segundo ciclo de serviço Templo o que seria em dezembro do ano 5A.C quando o anjo teria aparecido, o que colocaria a gravidez de Isabel de 8-10 semanas depois da Festa dos Tabernáculos.

No entanto um detalhe adicional nos permite manter a Festa dos Tabernáculos para a época do nascimento de Jesus: os pastores só guardavam as ovelhas à noite da Páscoa (meados de abril) até o início das chuvas (início do mês de outubro). Se João tivesse sido concebido em agosto ou setembro, isso colocaria o nascimento de Jesus no meio do inverno, época em que os pastores não poderiam estar nos campos à noite.

Por isso, é mais plausível colocar a gravidez de Isabel logo após "esses dias", ou seja, do ministério de Zacarias no Santuário que se encerraram dia 18 de junho do ano 5A.C.. Isso corrobora as outras evidências que vimos acima.

Aí surge a pergunta: Se Jesus não nasceu em dezembro, deveríamos parar de celebrar o Natal neste mês?

Não necessariamente pois tecnicamente falando, não é totalmente fora da realidade celebrar a encarnação em dezembro, pois Jesus teria sido concebido neste mês, durante a Festa das Luzes. Sendo assim, poderíamos expandir nossa celebração do Natal cristão incluindo a concepção de Jesus em dezembro que culminou no Seu nascimento 9 meses depois. Assim estaremos celebrando todo o evento da encarnação em dezembro!

Isso também não quer dizer que seria preferível celebrar uma festa hebraica como o Hanukkah ou uma versão moderna da Festa dos Tabernáculos em lugar do Natal. As festas são citadas aqui meramente para nos situarmos em termos de período no ano, não como uma defesa da celebração dessas festas em si. Essas festas eram "sombras" que apontavam àquele que celebramos hoje, Jesus.

Mas a maior razão a meu ver, e que também tem o apoio de Ellen White, para se celebrar o Natal em dezembro é o fato de que as celebrações do nascimento de Jesus em dezembro são tão enraizadas em todo o mundo cristão que seria imprudentetentar celebrar o Natal em outra data ou mesmo não celebrá-lo. Além de desperdiçarmos uma oportunidade evangelística, estaríamos colocando impecilhos em nosso testemunho, especialmente para as crianças em nosso meio. (Veja o capítulo "O Natal" no livro "O Lar Adventista").

Malaquias compara o nascimento do Messias ao nascimento do Sol (Mal. 4:2) e Jesus mesmo disse ser "a luz do mundo" (João 8:12). Isso deveria expandir a temática das luzes que vemos nas celebrações do Natal. Embora não haja consenso sobre ter ou não árvores de Natal e outros enfeites na Igreja nesta época, sem dúvida todos podemos concordar que "luz" é um lindo símbolo de Jesus e encher nossas igrejas de luzes neste período seria bastante apropriado.

Neste período em que as pessoas estão mais abertas às coisas espirituais, façamos de nossas igrejas símbolos iluminados de Jesus, a Luz do Mundo!

(Adventismo Relevante)

Leia Mais…

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O presente real: Jesus

(adaptado do texto de autor desconhecido)

“Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai- vos” (Filipenses 4:4)
Quantos esforços são feitos nesta época do Natal para alegrar com presentes os que são chegados! Não se poupa tempo ou dinheiro neste intúito. A satisfação de quem recebe um presente com gratidão e o utiliza reflete-se naquele que o presenteou.

Mas como são pequenos e fúteis todos os esforços humanos e as experiências com nossos presentes, quando avaliamos a grandiosidade e a profundidade do presente singular e incomparável que Deus, em Seu amor ilimitado, deu a nós seres humanos no Natal: "Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou..." (Rm 8.32).
O Filho de Deus foi entregue para morrer em nosso lugar e com sua morte expiou a culpa do nosso pecado, abrindo novamente o caminho para Deus, dando-nos a vida eterna! Por isso Paulo prossegue em Romanos 8.32, exclamando com alegria: "... porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?" Este é realmente um presente de rei, um presente que nos foi dado quando Jesus tornou-se homem, sem o qual estaríamos perdidos. Jesus "se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai" (Gl 1.4).

Os nossos presentes terrenos sempre são apenas símbolos do nosso apreço por alguém. Mas Deus, ao contrário, deu-se a Si mesmo "integralmente". Ele realmente investiu tudo para a nossa salvação. Como procedemos com o Seu presente? Estamos sempre conscientes da ilimitada grandeza do Seu sacrifício? Temos também consciência do ilimitado esforço que Deus fez em favor de nós pecadores? Além disso, como aceitamos o Seu presente? Se temos que agradecer quando recebemos presentes das pessoas que nos querem bem, quanto mais devemos agradecer e valorizar esse presente de Deus! E também devemos usufruir desse presente em toda a sua plenitude.

Mas isso somente acontece quando estamos dispostos a entregar a Deus tudo aquilo que gostaríamos de guardar para nós mesmos. Não são as coisas exteriores as que realmente importam, o que devemos entregar ao Senhor é o mais íntimo do nosso ser, aquilo que consideramos nossa vida particular, que não gostamos de expor a mais ninguém. O que está em jogo é o meu coração. Sobre meu coração, que eu gostaria de ver reservado só para mim, Deus coloca a Sua mão e diz: "Dá-me, filho meu [ou filha minha], o teu coração" (Pv 23.26).

Deus quer o meu coração, pois justamente nele Jesus deseja ser o único e absoluto Senhor e Mestre, e essa é ao mesmo tempo a condição imprescindível para que Ele realmente possa dar-me tudo em Jesus Cristo.

A festa do Natal deveria sempre recordar de maneira viva essa profunda verdade de que Jesus é o maior presente de Deus para nós, e não qualquer outro tipo de presente que esta terra possa vir a nos oferecer. Essa festa também serve como um referencial de como nos preocupamos a respeito de como procedemos em relação a tal presente. Você já aceitou essa dádiva com gratidão ardente e entregou a Ele o seu coração? Ele nasceu há mais de 2000 anos, mas tudo isto só terá sentido se Ele nascer no seu coração e ali habitar por todos os dias da sua vida!
REFLEXÃO: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16)

Fonte: www.ejesus.com.br
(Meditando em Jesus)

Leia Mais…

O primeiro Natal da minha nova vida

Antes de terminarem as aulas, falei para meus alunos sobre o verdadeiro sentido do Natal e de como devemos ser gratos a Jesus por ter escolhido nascer aqui neste mundo e ser o nosso Salvador. Eles ficaram comovidos e, com a pureza e sinceridade das crianças, prometeram que nunca iriam esquecer disso e que iriam entregar o coraçãozinho a Jesus para sempre. Fiquei ainda mais emocionada ao lembrar que foi em um Natal que eu também abri meu coração para Jesus pela primeira vez. Desde então, Ele entrou em minha vida e me fez trilhar um novo caminho. Por isso eu pude falar do nascimento do Filho de Deus para aqueles pequenos aprendizes.

Aquele poderia ter sido mais um Natal que teria passado praticamente despercebido, envolvido pelo clima de consumismo. Mas meus sentimentos foram impressionantemente arrebatados para pensar no Deus que Se fez homem; no Deus que Se tornou bebê! Eu havia completado 15 anos no dia 23 de dezembro e, como era tradição de adolescente naquela época, fui escrever em um diário que tinha recebido de presente. Como a data inspirou o assunto, me vi completamente absorta tentando compreender por que Jesus viveu neste mundo. Por que Ele morreu daquela maneira?

[Leia mais ]

Leia Mais…

Porque não bebo Bebida Alcóolica

(adaptado do texto de Tom Shepherd*)

"Ai dos que se levantam cedo para embebedar-se, e se esquentam com o vinho até à noite!" (Isaías 5:11) - NVI

De tempos em tempos, a imprensa popular divulga que uma taça de vinho diariamente ajuda na prevenção de doenças. Para muitas pessoas, isso confirma a crença comum de que a Bíblia aprova o uso moderado de bebidas alcoólicas. Não entendem por que os adventistitas do sétimo dia são totalmente contra o seu uso. Escrevo para explicar o porquê, tanto da perspectiva bíblica como da saúde.

O Vinho e a Cerveja no Antigo Testamento
Vários termos hebraicos e gregos que se referem ao vinho e à cerveja são usados nas Escrituras. Fazem-se comentários, tanto positivos como negativos, sobre essas bebidas. Grande parte das referências sobre o vinho no Gênesis fala sobre eventos negativos – Noé fica bêbado em Gênesis 9, as duas filhas de Ló praticam incesto com seu pai após embriagá-lo com vinho (Gn 19) e Jacó engana Isaque com comida e vinho (Gn 27). Entretanto, podem-se encontrar referências como a de Números 18:12: “Todo o melhor do azeite, do mosto e dos cereais, as suas primícias que derem ao Senhor, dei-as a ti.” Geralmente os comentários positivos sobre o vinho referem-se à abundância dos alimentos produzidos na Palestina – óleo de oliva, grãos e vinho (Dt 7:13; Jr 31:12).

Mesmo assim, os comentários negativos persistem: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio” (Pv 20:1). Provérbios 23:29-35 descreve as desgraças causadas pelo alcoolismo.

O Que Dizer de Jesus em Relação ao Vinho?
Alguns podem responder que isso é aplicável apenas nos casos de abuso do álcool. Jesus não produziu uma abundância de vinho no casamento de Caná?(João 2). Realmente, Ele fez cerca de 600 litros de vinho (do grego oinos) para a festa. Entretanto, como muitas referências positivas sobre o vinho no Antigo Testamento, a referência a oinos está num contexto em que descreve um evento festivo em que a abundância de comida e bebida é o ponto alto dessa alegre ocasião. Além disso, note que as palavras do mestre-sala soam como um provérbio: “Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior.” E continua falando: “Tu, porém, guardaste o bom vinho até agora.”1

Esse “dito popular” é visto por muitos como um comentário astuto de alguém sob o efeito entorpecente do álcool. Quando as pessoas começam a beber, têm condições de perceber a qualidade do vinho. Porém, após ficarem bêbadas, tudo parece igual; assim, para que gastar o bom vinho com quem já está bêbado?2

Entretanto, omitem o elemento-chave do texto e interpretam erroneamente o significado da comida e da bebida num ambiente festivo. O elemento-chave ignorado é o fato de que o mestre-sala da festa ainda podia perceber a diferença entre o bom vinho e o inferior. Obviamente, ele não estava bêbado e era também óbvio que havia bebido o vinho servido anteriormente, de modo que percebeu a diferença. O significado de comida e bebida numa festa é que a abundância fazia parte da alegria. Intimamente ligado a isso, estava a tradicional e profunda ênfase na hospitalidade. Em tal cenário de normas sociais, servir o “bom vinho” aos convidados no início da festa seria uma forma de honrá-los.

Conduta cristã
Somos chamados para ser um povo piedoso, que pensa, sente e age de acordo com os princípios do Céu. Para que o Espírito recrie em nós o caráter de nosso Senhor, só nos envolvemos naquelas coisas que produzem em nossa vida pureza, saúde e alegria semelhantes às de Cristo. Isso significa que nossas diversões e entretenimentos devem corresponder aos mais altos padrões do gosto e beleza cristãos. Embora reconheçamos diferenças culturais, nosso vestuário deve ser simples, modesto e de bom gosto, apropriado àqueles cuja verdadeira beleza não consiste no adorno exterior, mas no ornamento imperecível de um espírito manso e tranquilo. Significa também que, sendo o nosso corpo o templo do Espírito Santo, devemos cuidar dele inteligentemente. Junto com adequado exercício e repouso, devemos adotar a alimentação mais saudável possível e abster-nos dos alimentos imundos identificados nas Escrituras. Visto que as bebidas alcoólicas, o fumo e o uso irresponsável de medicamentos e narcóticos são prejudiciais ao nosso corpo, também devemos abster-nos dessas coisas. Em vez disso, devemos empenhar-nos em tudo que submeta nossos pensamentos e nosso corpo à disciplina de Cristo, o qual deseja nossa integridade, alegria e bem-estar. (Rm 12:1, 2; 1Jo 2:6; Ef 5:1-21; Fl 4:8; 2Co 10:5; 6:14–7:1; 1Pe 3:1-4; 1Co 6:19, 20; 10:31; Lv 11:1-47; 3Jo 2.)Além disso, há ocasiões na literatura grega onde oinos é claramente de natureza não alcoólica, sendo razoável crer que, nesse contexto, esse foi exatamente o tipo de bebida providenciado por Jesus.3

Abstinência é um Imperativo Moral?
Alguns podem admitir que, após essa explicação, pode-se apoiar o valor de uma vida sem bebidas alcoólicas. Mas isso é um imperativo moral? Várias linhas de evidências sugerem que sim. Primeiro, as estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram as pesadas perdas provocadas pelo álcool.4 Elas representam cerca de 1,8 milhões de mortes, por ano, em todo o mundo (3,2% do total de mortes) e 58,3 milhões de anos de vida, incluindo incapacidades (4,0 por cento do total).

O álcool é responsável também, em todo o mundo, por 20 a 30% das mortes por câncer de esôfago, câncer de fígado, cirrose hepática, homicídio, epilepsia e acidentes automobilísticos. Seu consumo está aumentando nos países em desenvolvimento, com quase nenhuma infra-estrutura para prevenção e tratamento dos problemas associados aos efeitos do álcool. Se não for por outra razão, além da preocupação que devemos ter com o nosso semelhante, temos a responsabilidade de pregar e ensinar total abstinência do álcool.

Estar Prontos para o Retorno de Jesus
Há uma razão ainda mais importante que apoia a total abstinência. É o breve retorno de Jesus Cristo! O Novo Testamento está repleto de advertências para permanecermos sóbrios à luz do breve retorno do Senhor (Lc 21:34-36; 1Pe 1:13). A esse conceito dou o nome de temperança escatológica. Em contraste, o álcool adormece a mente! Seu uso conflita com as instruções de Jesus para permanecermos alerta todo o tempo.

Às vezes, as pessoas perguntam se esse ou aquele mandamento ainda se aplica a nós hoje. Com frequência, questionam se ainda é válido. Raramente consideram a possibilidade de que alguns mandamentos podem ser aplicados muito mais a nossos dias do que ao passado. Creio que é o caso da abstinência do álcool. No antigo mundo mediterrâneo, as bebidas alcoólicas já existiam, mas não eram disponíveis em abundância para a maioria do povo. Além disso, seu teor alcoólico não era maior que 10 a 15%, no caso do vinho (apenas 4 a 6% na cerveja), e o vinho, geralmente, era diluído em até três partes de água para uso normal.5 A situação é completamente diferente no mundo de hoje, no qual o álcool é muito mais facilmente acessível e em concentrações muito mais altas nas bebidas destiladas (comumente 40 a 60%). As estatísticas da OMS mostram uma triste história de desgraças causadas pelo álcool e como sua sombra está se espalhando ao redor do globo.

Sou um adventista do sétimo dia e aguardo a vinda de Jesus! À luz desse grande evento, creio que devo manter minha mente e corpo prontos e alerta para agir o tempo todo. Creio que tenho a responsabilidade de ajudar meu próximo a se preparar para o retorno do nosso Senhor e que um estilo de vida saudável é coerente com as Escrituras e um dever do cristão. É por isso que não uso bebida alcoólica.

1)- João 2:10.
2)- O verbo grego é methusko, que significa “ficar bêbado” ou “beber à vontade”.
3)- Veja Aristóteles, Meteorologica 384.a.4-5 e 388.b.9-13 para o uso genérico do termo oinos.
4)- Estatísticas do Web site da Organização Mundial de Saúde, www.who.int/substance_abuse/facts/alcohol/en/index.html.
5)- “Vinho sem mistura” de Apocalipse 14:10 seria o vinho sem a adição de água. Na dramática advertência de Apocalipse 14, a ira de Deus é revelada, sem misturar-se à misericórdia. Para referências sobre a diluição do vinho, veja David E. Aune, Revelation 6-16, Word Biblical Commentary, vol. 52b (Nashville: Thomas Nelson, 1998), p. 833.

REFLEXÃO: "Como é feliz o homem constante no temor do Senhor! Mas quem endurece o coração cairá na desgraça" (Provérbios 28:14) - NVI

*Tom Shepherd, Ph.D., Dr. P.H., é professor de interpretação do Novo Testamento no Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia na Universidade Andrews.

Fonte: Adventist World - Outubro/2009

(Meditando em Jesus)

Leia Mais…

Como ocorre a conversão e mudança de vida ao filho de Deus?


No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano. Efésios 4:22

Deus agora o convida ao arrependimento, a ser zeloso em fazer a obra. Sua felicidade eterna será determinada pelo rumo que agora tomar. Pode você rejeitar os convites de misericórdia agora oferecidos? Pode escolher os próprios caminhos? Acariciará orgulho e vaidade e afinal perderá a vida eterna? A Palavra de Deus claramente nos afirma que poucos serão salvos, e que a grande maioria que foi chamada se provará indigna da vida eterna. Não têm parte no Céu, mas receberão sua recompensa com Satanás e experimentarão a segunda morte.

Homens e mulheres podem escapar à ruína se quiserem. É verdade que Satanás é o grande originador do pecado; contudo, isso não desculpa o pecado de ninguém, porque ele não pode forçar os seres humanos a fazer o mal. Tenta-os, procurando mostrar o pecado como sendo atrativo e agradável; mas terá que deixar que a pessoa decida praticá-lo ou não. Ele não força os homens a se embriagarem nem a permanecerem ausentes das reuniões religiosas. Mas apresenta tentações de modo a fascinar para o mal. O ser humano é um agente moral livre para aceitar ou recusar.

A conversão é uma obra que a maioria das pessoas não aprecia. Não é coisa pequena transformar um espírito terreno, amante do pecado, e levá-lo a compreender o inexprimível amor de Cristo, os encantos de Sua graça e a excelência de Deus, de maneira que a alma seja possuída de amor divino e fique cativa dos mistérios celestes. Quando a pessoa compreende essas coisas, sua vida anterior parece desagradável e odiosa. Aborrece o pecado; e, quebrantando o coração diante de Deus, abraça a Cristo como a vida e alegria da alma. Renuncia a seus antigos prazeres. Tem mente nova, novas afeições, interesses novos e nova vontade; suas tristezas, desejos e amor são todos novos. A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida até então preferidas a Cristo, são agora desviadas, e Cristo é o encanto de sua vida, a coroa de seu regozijo.

O Céu, que antes não possuía nenhum atrativo, é agora considerado em sua riqueza e glória; e ela o contempla como sua futura pátria, onde verá, amará e louvará Aquele que a redimiu por Seu precioso sangue (T2, p. 293, 294).

Autora: Ellen G. White

(Jesus Minha Inspiração)

Leia Mais…

Avatar e a saudade do Céu

Michelson Borges

Uma tia da minha esposa veio nos contar que assistiu ao filme Avatar em 3D, no cinema. Toda empolgada, ela nos disse que a produção de James Cameron (Titanic) é um show de efeitos especiais, mas o que mais lhe chamou a atenção foi o mundo idílico em que os seres azuis (os Na'Vi) vivem em perfeita harmonia com a natureza e consigo mesmos. O pano de fundo (asssim me pareceu pela descrição dela) é a ganância e consumismo humanos versus a paz e a harmonia de uma vida simples. E é justamente esse aspecto - mais que os efeitos e recursos visuais - que parece inebriar as plateias formadas por pessoas cansadas do corre-corre estrassante da vida real (a tia da minha esposa é professora da rede pública e o marido dela é médico).

À medida que ela nos descrevia o filme, lembrei-me de duas citações de C. S. Lewis:

“Somos criaturas sem entusiasmo, brincando bobos e inconsequentes com bebida, sexo e ambições, quando o que se nos oferece é a alegria infinita. Agimos como uma criança sem noção, que prefere continuar fazendo bolinhos de lama num cortiço porque não consegue imaginar o que significa a dádiva de um fim de semana na praia. Muito facilmente, nós nos contentamos com pouco” (O Peso da Glória).

“As criaturas não nascem com desejos, a menos que exista satisfação para eles. Um bebê sente fome: bem, existe uma coisa chamada comida. Um patinho quer nadar: bem, existe uma coisa chamada água. ... Se eu encontrar em mim mesmo um desejo que nenhuma experiência neste mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é que fui feito para outro mundo” (Cristianismo Puro e Simples).

Depois que ela terminou de descrever algumas cenas e suspirou ao dizer como seria bom viver num mundo como aquele do filme, eu lhe disse que um mundo assim nos está prometido, e não se trata de ficção. A Nova Terra, prometida por Deus, será um lar de harmonia plena, em que as pessoas não precisarão matar para comer; lá o leão habitará com o cordeiro; não havará mais morte, choro ou dor.

Filmes como Avatar e o efeito que causam nas pessoas me mostram que, sem dúvida, fomos criados para outro mundo e que, independentemente de quem sejamos ou do que conheçamos de Deus, todos temos saudades do Céu.[MB]

Leia Mais…

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Cinco Provas Históricas da Passagem de Jesus por este Mundo



Eu li, no número 450 da revista Época, as seguintes linhas de Hildeberto Aquino:

“Jesus é a maior ilusão da humanidade, à custa da qual oportunistas se locupletam. De sua efetiva existência, não há uma só prova cabal, científica, irrefutável. Tudo se resume a intencionais conjecturas com o propósito de iludir e oprimir os incautos e deles sugar até a última gota da consciência…e de dinheiro”.

Para o Hildeberto Aquino, portanto, Jesus é uma criação dos vigaristas. Um personagem inventado por alguém que apenas quiz causar a alienação de todos nós e arrancar dinheiro dos crédulos, dos ingênuos, dos trouxas…Hildeberto pertence a família dos “Novos Ateus”, da qual fazem parte o filósofo americano Daniel Dennet e o zoólogo britânico Richard Dawkins. Ambos em 2006, lançaram manifestos dedicados a contextar a existência de Deus.

Agora vamos revelar como de fato Jesus Cristo existiu (e ainda existe), desmintindo a afirmativa do materialista Hildeberto Aquino.

Prova Histórica Nr. 01
A bela Bíblia sagrada. Ela não é apenas um livro religioso, é também um magnífico livro histórico. Tudo que apresenta sobre Jesus Cristo, a Palestina, o Egito, a Assíria, o Império Romano, as regiões do Oriente, os seus reis, os seus profetas, os apóstolos, tudo tem o cunho da verdade.

Prova Histórica Nr. 02
O texto do historiador judeu Flávio Josefo, da época de Cristo. Ele evocou a incomparável figura deste no capítulo terceiro do volume XVIII da obra Antiguidades judaicas.

Reproduzo aqui o texto:
“Entretanto existia, naquele tempo, um certo Jesus, homem sábio…Era fazedor de milagres…ensinava de tal maneira que os homens o escutavam com prazer…Era o Cristo, e quando Pilatos o condenou a ser crucificado, esses que o amavam não o abandonaram e ele lhes apareceu no terceiro dia…”

Como estamos vendo, o historiador Flávio Josefo mencionou, inclusive, a ressurreição do Verbo Divino !

Prova Histórica Nr. 03
O texto de Públio Cornélio Tácito, um dos maiores historiadores da Antiguidade (56-57 AC), na parte XV dos seus Anais:

“Nero infligiu as torturas mais refinadas a esses homens que sob o nome comum de cristãos, eram já marcados pela mais merecida das infâmias. O nome deles se originava de Cristo, que sob o reinado de Tibério, havia sofrido a pena de morte por um decreto do procurador Pôncio Pilatos”

Comentário do grande historiador inglês Edward Gibbon (1737-1794) sobre esta evocação do autor de Dialogus de Oratoribus:

“A crítica mais cética deve respeitar a verdade desse fato extraordinário e a integridade desse tão famoso texto de Tácito.”

Prova Histórica Nr. 04
A carta do procônsul Plínio, o jovem (62-114, após JC), enviada ao imperador Trajano. Eis dos trechos da carta:

“…maldizer Cristo, um verdadeiro Cristão não o fará jamais…cantam (os cristãos) hinos a Cristo, como a um Deus…”

Prova Histórica Nr. 05
Um trecho do capítulo XXV do livro quinto da obra Vitae Duodecim Caesarum (Os doze césares), escrita pelo historiador romano Suetônio (cerca de 70-130 d.C.). Nesse trecho do capítulo no qual evoca o imperador Tibério, ele assim menciona o Nazareno:

“Expulsou de Roma os judeus, que instigados por um tal Chrestus (Cristo), provocavam frequentes tumultos.”

Estas cinco provas históricas, citadas por nós, destroem totalmente a infeliz declaração de Hildebrando Aquino, que garantiu que “não há uma só prova cabal, científica, irrefutável”, da passagem de Jesus por este mundo. Hildeberto, você tem autoriddae para invalidar as informações da Bíblia, os textos dos historiadores Flávio Josefo, Suetônio e Cornélio Tácito, do procônsul Plínio, o jovem? Você despreza a opinião do insigne historiador inglês Edward Gibbon sobre o escrito de Tácito, onde este se refere a Jesus Cristo?

Por favor, Hildeberto, leia mais, estude mais, adquira mais conhecimentos. Não desrespeite a nossa fé com afirmativas absurdas, insensatas, nascidas de uma profunda carência de cultura.

Fernando Jorge é membro do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e autor do Livro “Lutero e a Igreja do Pecado”, cuja 7º edição foi lançada pela Editora Novo Século.

(Sétimo Dia)

Leia Mais…

2012: a ilusão da solução sem Deus

Reflexões sobre o filme 2012, um folheto entregue num posto de gasolina e meus tempos de teologia da libertação
Ontem à tarde eu retornava de Florianópolis para Palhoça com minha esposa. Resolvi seguir por um caminho alternativo e evitar, assim, a congestionada BR 101. De repente, me deparei com um posto de gasolina que oferecia ducha grátis e resolvi abastecer e lavar o carro ali. Quando fui pagar, aproveitei para deixar um folheto com o dono do estabelecimento. Quando ele leu a inscrição na capa – “Jesus voltará” –, fez uma pausa e depois me disse:

– Será que Ele vai voltar mesmo? O mundo está tão cheio de injustiças...

Respondi que é justamente por isso que Jesus vai voltar. O ser humano teve milênios de oportunidade e liberdade, e o que ficou claro é que sozinho não consegue resolver seus problemas.

Conversamos por mais alguns instantes e acabei deixando também um livro com aquele senhor, com o convite para que ele comparasse tudo com a Bíblia e buscasse nela as respostas para os dilemas da vida e a promessa feita por Aquele que não pode mentir: Jesus Cristo.

Ok, mas o que isso tem que ver com o filme 2012? Calma... Antes, quero voltar um pouco no tempo.

Quando eu era católico, em minha adolescência e juventude, alinhava-me e defendia com vigor a teologia da libertação. Sempre ouvia e lia na igreja a frase batida: “Temos que ajudar a implantar o reino de Deus na Terra.” Isso significava que devíamos lutar por justiça social e apoiar a igreja em sua “opção preferencial pelos pobres”. Nada de volta de Jesus. Nada de Nova Terra. A esperança estava em nossas mãos. Vi muitos de meus companheiros de caminhada abandonarem a fé, frustrados por não verem a utopia tornar-se realidade. Outros, sentindo-se vazios espiritualmente, abraçaram o movimento carismático, então visto por nós como algo alienante, uma religião meramente verticalista, sem engajamento nas causas sociais (se pudéssemos, naquela época, dar uma espiada no futuro, ficaríamos espantados com o advento dos padres cantores com discurso adocicado, imitando os trejeitos pentecostais).

O mundo era injusto e tínhamos que fazer alguma coisa – era nossa bandeira, e a desfraldávamos com sinceridade, cantando “somos gente nova vivendo a união, somos povo, semente da nova nação”. Mas o tempo passou. As injustiças só aumentaram. A distribuição de renda polarizou ainda mais a sociedade. Catástrofes, doenças, imoralidade e morte ajudam a compor esse triste quadro. E a utopia do reino? E nossa luta? Os guerreiros ficaram cansados. O discurso foi alterado. Perdeu-se o rumo.

E o filme 2012?

Trata-se de mais uma daquelas superproduções hollywoodianas feitas para arrecadar muito dinheiro nas bilheterias e locadoras. O pano de fundo é a “profecia” maia (já analisada aqui e aqui), segundo a qual uma catástrofe global porá fim à história humana.

Por algum motivo, os neutrinos irradiados pelo Sol começam a interagir com o interior da Terra (na verdade, neutrinos atravessam nosso planeta a todo momento, mas são inertes), superaquecendo o manto e causando atividade sísmica sem precedentes. Terremotos começam a ocorrer em todos os lugares, causando muita destruição. Como os cientistas já sabiam que isso iria acontecer, as nações mais ricas do planeta, lideradas (como sempre) pelos Estados Unidos, desenvolveram um plano de salvação: construir algumas “arcas” (grandes e poderosas embarcações) para nelas salvar animais, obras de arte e parte da humanidade – a parte mais inteligente e rica, evidentemente.

Embora o nome de Deus seja mencionado em vários momentos e até mesmo o presidente dos Estados Unidos seja visto orando na capela da Casa Branca, o que fica mesmo claro no filme é o abandono da humanidade por parte de “Deus”. As cenas que reforçam essa ideia não são nem mesmo sutis: (1) a destruição do Cristo Redentor por um tsunami gigantesco, (2) o desmoronamento da cúpula da Basílica de São Pedro, no Vaticano, que cai sobre fieis que rezam com velas nas mãos (inclusive uma rachadura no teto da Capela Sistina separa as mãos de Deus e do homem na famosa pintura de Michelangelo), e (3) a morte de monges budistas atingidos no alto das montanhas por uma megainundação. Traduzindo: não adianta orar; "Deus" não vai ouvir; a salvação não virá dEle.

No posto de gasolina, nos meus tempos de católico e nesse novo filme arrasa quarteirão, pude notar a mesma propaganda do adversário de Deus: o Criador abandonou a humanidade e se não fizermos alguma coisa, estaremos fadados à extinção. Nada mais terrivelmente errado!

Deus não nos abandonou! O próprio cumprimento detalhado das profecias bíblicas deixa isso bem claro. Nosso Senhor anunciou tudo antes para que não ficássemos perplexos e perdêssemos a fé. Ele disse que não nos deixaria órfãos (João 14:18). Disse também que “sem Mim nada podeis fazer” (João 15:5), quanto mais salvar o mundo – e a nós mesmo do pecado.

A salvação virá não dos esforços humanos, por mais que certos filmes e visões teológicas distorcidas tentem afirmar o contrário. Não virá tampouco dos extraterrestres. A salvação virá dAquele que já pagou nosso resgate com a própria vida, há dois mil anos, e virá para buscar aqueles que livremente aceitarem o oferecimento da vida eterna. Aí, sim, será o fim das injustiças, da dor e da morte!

Michelson Borges

Em tempo: A despeito da balela dos neutrinos, uma coisa interessante o filme mostrou: certas condições catastróficas seriam capazes de fazer com que massas de água invadissem os continentes causando estragos incalculáveis. No mundo antediluviano, em que se crê que as montanhas não eram tão altas quanto as de hoje, haveria condições de a água cobrir toda a Terra, conforme o relato bíblico. Mas quer ver só? No filme, muita gente acredita. Da Bíblia, muita gente duvida...

Leia também: “O fim do mundo na capa de Veja” e conheça o site O Fim do Mundo

(Criacionismo)

Leia Mais…

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Aquecimento global e darwinismo

O ex-senador dos EUA Rick Santorum tem um artigo que vale a pena ler no Philadelphia Inquirer. Santorum compara as tácticas de repressão utilizadas no debate sobre o aquecimento global às tácticas similares utilizadas no debate sobre o darwinismo: "Questionar o consenso científico em busca da verdade é uma parte importante de como a ciência tem avançado ao longo dos séculos. Mas o que acontece quando o consenso científico se torna uma ideologia que ultrapassa a busca da verdade? Resposta: Esses questionamentos legítimos são ostracizados, as carreiras dos dissidentes são destruídas, e o debate é sufocado.

"Infelizmente, não estou me referindo apenas aos atuais proponentes da teoria do aquecimento global causado pelo homem. Em 2001, ofereci uma alteração legislativa sobre o ensino do tema da evolução. Recebi mais críticas para essa simples alteração do que para quase qualquer outra coisa que eu defendi no Senado."

(Design Inteligente)

Leia Mais…

Um "deus" chamado acaso

A matéria “O cérebro não é uma máquina”, publicada na revista Scientific American deste mês, é um bom exemplo de dissonância cognitiva por parte do autor, o francês Rémy Lestienne, já que aborda um tema que aponta claramente para o design inteligente, mas se nega a admitir isso e tenta insistentemente argumentar a favor do acaso cego. A matéria começa assim: “A evolução animal conduziu seu desenvolvimento, e os acasos que teceram nosso meio ambiente formatam nosso cérebro individualmente. Nele, o inato e o adquirido se entrelaçam, mas deve bem mais ao acaso do que gostaríamos de admitir.”

O texto segue descrevendo a absurda complexidade do órgão mais complexo conhecido: o cérebro humano. Até que Lestienne, que é especialista em física de altas energias e neurociência teórica, menciona os prolongamentos filiformes que saem dos neurônios e se conectam a outras células, formando uma rede tão extraordinariamente complexa que podem chegar a 100 mil bilhões o número de contatos de sinapses entre neurônios no sistema nervoso central. E pergunta: “Como esses prolongamentos filiformes se dirigem, no processo de crescimento, em direção às células-alvo?” E prossegue, admitindo que, “apesar de algum progresso alcançado nesses últimos anos para explicar como os axônios são pilotados pelas substâncias químicas, os detalhes desses mecanismos permanecem ainda grandemente desconhecidos. Não sabemos quais mecanismos a Natureza [sim, ele usa natureza com letra maiúscula...] utiliza para reproduzir os mesmos núcleos de comunicação e os cabos transmissores equivalentes de um indivíduo a outro: a embriologia do sistema nervoso central é ainda objeto de ativas pesquisas.”

O texto diz mais: “Não podemos fugir da conclusão de que o sistema nervoso constrói um sistema lógico de uma precisão incomparável, a partir de elementos imprecisos ou mesmo puramente aleatórios. O sistema nervoso tem uma precisão inacreditável, considerando-se a duração das impulsões nervosas, ainda denominadas potenciais de ação.”

Depois que Michael Behe e outros ajudaram a escancarar a caixa preta de Darwin (a complexidade da vida em nível microbiológico), ficou difícil argumentar na base do acaso cego. Mesmo a mais “simples” forma de vida revela complexidades quase inacreditáveis e informação genética que ocuparia milhares de volumes em uma biblioteca. Mas há ateus que vão muito mais longe e tentam se e nos convencer de que a “máquina” ultracomplexa chamada cérebro teria sido fruto do acaso. Desculpe-me, mas, por essas e outras, não tenho fé suficiente para ser ateu.[MB]

(Criacionismo)

Leia Mais…

A volta da mordaça insensível

No dia de Natal deste ano, o jornal O Estado de S. Paulo, o Estadão, completará 147 dias de amordaçamento pela censura. O jornal publicaria uma investigação contra Fernando Sarney, ligado ao senador José Sarney, mas foi proibido pela Justiça. O que se esperava era que o jornal publicasse e, caso houvesse informações falsas e caluniosas, ele fosse punido pela Código Civil e Penal por difamação. Isso não aconteceu, porém, houve censura prévia, o Estadão foi proibido de publicar suas investigações e o dia 25 será o 147º em que o jornal está amordaçado.

É lamentável saber que muitos jornais pequenos já foram amordaçados por prefeitos e políticos corruptos que conseguiram controlar juízes, mas, considerando a grande influência do Estadão e a magnitude do conflito, esperava-se que o amordaçamento da imprensa fosse desfeito em grande estilo no STF. Só que, infelizmente, foi confirmado!

A Lei de Imprensa foi revogada, vivemos sob um regime democrático e podemos assistir na TV ou no cinema a documentários recordando os sofrimentos de heróis anônimos que perderam posses, posições e até a vida para que chegássemos até aqui. Lembrando as manifestações da Cinelândia no Rio de Janeiro (onde se dizia: mataram um menino de 15 anos, amanhã podem matar seu filho), o movimento Diretas Já, a emenda Dante de Oliveira (do voto livre) e as lutas para que ela se tornasse uma realidade, as manifestações ousadas dos estudantes de Direito do Largo São Francisco e da PUC de São Paulo; é inacreditável mas a MORDAÇA sobre a livre imprensa tenha voltado. Acredite: ELA VOLTOU!

O caso chegou ao STF, mas, no dia 9 de dezembro, o Estadão foi derrotado pelo placar de 6 x 3. A mordaça imposta ao jornal pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) permanece.

O STF já derrubou a Lei de Imprensa, mas os seis juízes (Cezar Peluso, Ellen Gracie, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Eros Grau e José Dias Toffoli) acham que a proibição do jornal O Estado de S. Paulo de publicar fatos comprovados de desvio de dinheiro público não tem nada a ver com isso e deve ser mantida (?).

Os Magistrados Carmen Lúcia, Carlos Ayres Britto e Celso de Mello protestaram e lamentaram a decisão dos colegas de tribunal. Extremamente lúcida, histórica e, acima de tudo, extremamente de acordo com a Constituição brasileira foram os argumentos do experiente e decano Celso de Mello, o mais antigo membro da corte. Transcrevemos alguns trechos abaixo, extraídos de O Estado de S. Paulo de 10/12/2009:

“Ao proferir o seu voto, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, remontou ao período do Império, se referiu a convenções internacionais e lembrou decisões dos próprios colegas para repudiar, do começo ao fim de sua fala, a proibição imposta ao Estado. ‘A censura traduz a ideia mesma da perversão das instituições democráticas, em um regime político onde a liberdade deve prevalecer’, disse. Para ele, a mordaça é um ‘retrocesso político-jurídico’, que devolve o País ‘ao período colonial’.

“O ministro recordou a apreensão do Estado na madrugada de 13 de dezembro de 1968, com a entrada em vigor do Ato Institucional nº 5 (AI-5), e citou o editorial ‘Instituições em Frangalhos’, mantido pelo diretor e proprietário do jornal, apesar das pressões dos militares. ‘Julio de Mesquita Filho publicou um editorial, eu mesmo tive acesso a ele. A edição foi apreendida pelos órgãos de repressão.’

“Mello destacou que a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) só impede o Estado de exercer a sua função, enquanto os demais veículos trabalham normalmente. ‘Outros órgão s de comunicação social continuam divulgando e não sofreram essa interdição. Portanto, essa interdição é também, além de arbitrária, além de inconstitucional, uma decisão discriminatória. E incide sobre um órgão da imprensa que, já no final do Segundo Reinado, então A Província de São Paulo, fez da causa da República um de seus grandes projetos.’

“Ao traçar um paralelo com os anos de chumbo, Mello fez um alerta: ‘Entendo particularmente grave e profundamente preocupante que ainda remanesçam, sim, no aparelho de Estado, determinadas visões autoritárias que buscar justificar, pelo exercício arbitrário do poder geral de cautela, a prática ilegítima da censura.’

“Ainda de acordo com o ministro, ‘quase todas as Constituições do Brasil expressamente repudiaram a censura’. ‘Contavam com uma cláusula de veto explícito’, completou.

“Mello começou o seu voto dizendo que ontem se celebrava uma data histórica – ‘61º aniversário da promulgação, em Paris, pelas Nações Unidas, da Declaração Universal dos Direitos da Pessoa Humana’.

“‘O artigo 19 do estatuto contempla direito à liberdade de opinião e expressão. Inclusive a prerrogativa de procurar, de receber e de transmitir informações e ideias’, acrescentou.

“O decano do tribunal referiu-se, depois, ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, aprovado em 1966, ‘sob a égide das Nações Unidas’. Fez, por fim, referência ao Pacto de São José da Costa Rica, firmado em 1969, ‘tão temido pelo regime militar’, que ‘proclama, em seu artigo 13, que toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expressão’.

“Segundo o ministro, todos esses tratados foram endossados pelos colegas de Supremo no julgamento que derrubou a Lei de Imprensa, em 30 de abril. Em seguida, ele lembrou o escritor inglês John Milton. Em discurso pela liberdade de imprensa, no Parlamento da Inglaterra, após destacar a absoluta inutilidade da censura, salienta: ‘A censura obstrui e retarda a importação da nossa mais rica mercadoria, que é a verdade’.”

“A liberdade de informação, portanto, tem um aspecto nuclear em nosso sistema jurídico”, insistiu Mello, na leitura do voto. “O cidadão tem a prerrogativa de receber informações sem qualquer obstrução, sem qualquer interferência por qualquer órgão de poder público, seja do Poder Executivo, seja do Poder Legislativo, seja do Poder Judiciário.”

Depois de argumentos contundentes e brilhantes como esses do Ministro Celso de Mello serem rejeitados pelos outros seis magistrados, resta perguntar: Por que o Judiciário teme lutar contra a mordaça? Por que será que neste caso e em outros, como o quesito de liberdade religiosa em favor dos sabatistas no Enem, o Judiciário brasileiro abdicou do seu posto de guardião da Constituição? Até quando o Brasil será amesquinhado por leis e tribunais parciais e exclusivistas? A que interessa ao Brasil combater a liberdade de opinião, informação ou religião?

A única esperança é que a mordaça, como outras correias da tirania do passado, possa e seja arrebentada. Resta-nos saber como e através de que lutas os guerreiros conseguirão fazer tal grande proeza. Quem serão esses guerreiros?

(Silvio Motta Costa, professor da rede pública em Campinas, SP)

(Criacionismo)

Leia Mais…
Related Posts with Thumbnails