Os primeiros animais surgiram a partir da evolução de organismos unicelulares em pluricelulares, que levou cerca de 3 bilhões de anos, e nos oceanos. Pelo menos é o que se acreditava [note que a questão sempre envolve crença]. Mas um novo estudo aponta que provavelmente só a primeira parte da afirmação é correta [pelo menos por enquanto, porque volta e meia aparece uma nova pesquisa como esta dizendo que a certeza anterior estava errada]. Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos e do Canadá descobriu em amostras de rochas escavadas na China os mais antigos fósseis de animais de que se têm notícia. Os registros paleontológicos estão depositados não em sedimentos marinhos, mas em depósitos de antigos lagos.
“Sabemos que a vida nos oceanos é muito diferente da vida em lagos e, pelo menos no mundo moderno, os primeiros representam ambientes muito mais estáveis e consistentes em comparação com os segundos, que tendem a ter duração mais curta, em termos evolucionários. Por conta disso, é surpreendente que a primeira evidência de animais esteja associada com lagos, que são ambientes que variam muito mais do que os oceanos”, disse Martin Kennedy, professor do Departamento de Ciências da Terra da Universidade da Califórnia em Riverside.
O estudo, cujos resultados serão publicados esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, levanta importantes questões a respeito de quais aspectos do ambiente terrestre mudaram para permitir a evolução animal. Os pesquisadores centraram o trabalho na formação Doushantuo, no sul da China, que contém fósseis altamente preservados com cerca de 600 milhões de anos [sic].
“Nossa primeira surpresa foi descobrir na região abundância de um mineral chamado argila bentonítica. Em rochas com essa idade, essa argila é normalmente transformada em outros tipos. Mas a que encontramos não passou por tal transformação e mantém uma química especial que, para que tenha sido formada, exige condições específicas na água. Justamente condições comumente encontradas em lagos salgados e alcalinos”, disse Tom Bristow, colega de departamento de Kennedy e outro autor do estudo.
Segundo os pesquisadores, análises feitas mostraram que os minerais e a composição química das rochas não são compatíveis com depósitos sedimentares de ambientes marinhos. “Há muitas linhas de evidência que indicam que esses primeiros animais viveram em ambientes lacustres”, disse Bristow. (...)
[E o laguinho ficou ali, bilhões de anos praticamente inalterado, esperando a evolução dos animais. Me desculpe, mas minha fé não chega a tanto – MB.]
(Agência FAPESP)
(Criacionismo)
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