Alguma vez você já se sentiu tentado a pensar que Deus não o ama? Cometeu algum tipo de pecado abominável (como se todos não fossem…) e se considerou o pior dos mortais, longe da misericórdia divina? Perdeu a namorada, o emprego, reprovou na universidade, e considerou isso evidência do desagrado de Deus, porque você não está “à altura dos padrões divinos”? Se isso já lhe ocorreu alguma vez, as palavras a seguir são para você.
Deus criou anjos e homens como seres livres, capazes de tomar decisões e escolher o próprio caminho. Isso tanto é verdade que, infelizmente, Lúcifer, o anjo que era o chefe das hostes celestiais, acabou se rebelando contra o Criador, tornando-se Satanás, o inimigo.
Adão e Eva também foram enganados pelo anjo caído e pecaram, trazendo com isso todas as conseqüências ruins que vemos no mundo, como as doenças e a morte. No entanto, deixou Deus de amar Seus filhos pelo fato de terem desobedecido Suas ordens e se rebelado?
Note o que o Senhor diz através do profeta Malaquias: “Porque Eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos” (Ml 3:6).
Em 1 João 4:8 é dito que “Deus é amor”. Não diz ali que Deus simplesmente tem ou sente amor; Ele é amor. E sendo Deus amor, e já que Ele não muda, jamais deixou de amar Seus filhos. Na verdade, Deus não nos ama porque Lhe somos fiéis ou porque fazemos algo por Ele. Ele simplesmente nos ama porque faz parte de Seu caráter amar.
Veja o que escreveu Jeremias: “De longe se me deixou ver o Senhor, dizendo: Com amor eterno Eu te amei; por isso, com benignidade te atraí” (Jr 31:3).
“Amor eterno” é amor imutável, que dura para sempre. Portanto, Deus jamais deixará de amar Seus filhos, independentemente do que eles façam ou deixem de fazer.
“Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o Seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo Sua misericórdia, Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tt 3:4, 5).
Depois da queda dos nossos primeiros pais, a principal obra de Deus tem sido atrair-nos a Si. “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; fui para eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas e Me inclinei para dar-lhes de comer”, diz o Senhor, em Oséias 11:4.
Já no Novo Testamento, Paulo escreveu: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de Ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8:35-39).
Portanto, nada nos pode separar do amor de Deus. Ele sempre nos amou (já que deu Seu Filho para morrer por nós antes mesmo de nascermos) e sempre nos amará. O problema é que o pecado faz separação entre nós e nosso Criador, e é por isso que Deus odeia o pecado (não o pecador).
E é exatamente isso o que está escrito em Ezequiel 18:22 e 23: “Acaso, tenho Eu prazer na morte do perverso? – diz o Senhor Deus; não desejo Eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva?”
Atacando a causa
Em Apocalipse 21 e 1 Pedro 3:10-13 fica bem clara a intervenção final de Deus neste mundo de pecado. O Senhor vai acabar com a morte, a injustiça, a dor, as lágrimas, enfim, com o pecado em suas diversas formas e consequências.
Infelizmente, aqueles que se apegarem ao pecado, desprezando a graça salvadora de Cristo, também serão destruídos. Para Deus, que é o Doador da vida, tirar a vida de alguém é algo tão incomum, que a Bíblia chama isso de “a obra estranha de Deus” ou “ato estranho de Deus”:
“Porque o Senhor Se levantará, como no monte Perazim, e Se irará, como no vale de Gibeão, para realizar a Sua obra, a Sua obra estranha, e para executar o Seu ato, o Seu ato inaudito” (Is 28:21).
Por que “obra estranha”? Porque, repito, Deus é amor, não um Deus de destruição e ódio. O amor de Deus é incomensurável, como afirma o apóstolo Paulo: “Habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus” (Ef 3:17-19).
Quando Cristo disse “Quem Me vê a Mim, vê ao Pai”, estava afirmando que o Pai agiria da mesma forma que Ele e tem os mesmos sentimentos em relação à humanidade. Alguns encontros e conversas que Jesus teve com certas pessoas são esclarecedores sobre o amor imutável de Deus.
Jesus e o jovem rico (ver Lucas 18:18-23).
Embora Cristo já conhecesse o coração desse jovem e soubesse que ele rejeitaria Seu convite por estar apegado demais às riquezas, isso não fez com que o Senhor deixasse de amá-lo (ver Marcos 10:21, onde é dito que Jesus “fitando [o jovem rico] o amou”). O jovem fez a escolha errada. Jesus não aprovou seu proceder, mas não deixou de amá-lo.
Jesus e a mulher adúltera (ver João 8).
Sete vezes Jesus perdoou aquela mulher. Foi Seu amor imutável que fez com que ela, por fim, se convertesse.
Jesus e Pedro
Mesmo tendo Pedro negado a Jesus, o olhar de pura misericórdia do Mestre, enquanto era levado para a morte, fez com que o discípulo compreendesse o significado do amor de Deus, que detesta o pecado, mas ama o pecador.
Diversos outros textos poderiam ser citados como exemplo do amor infinito e imutável de Deus. Mas creio que estes são suficientes. Jamais Deus poderá deixar de amar qualquer de Suas criaturas, assim como uma boa mãe não deixaria de amar um filho pelo fato de ele ter feito coisas erradas. Somente aqueles que estudam a Bíblia e mantêm viva comunhão com Deus podem compreender um pouco de Seu caráter.
Atentemos, pois, à recomendação de João: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1Jo 4:7, 8).
Michelson Borges
Sobre o Autor
MICHELSON BORGES
Jornalista (formado pela UFSC) e editor da Casa Publicadora Brasileira. É autor dos livros Nos Bastidores da Mídia, Por Que Creio, A História da Vida, entre outros. Mestrando em Teologia pelo Unasp, mantém o blog www.criacionismo.com.br
(Esperança)
Deus criou anjos e homens como seres livres, capazes de tomar decisões e escolher o próprio caminho. Isso tanto é verdade que, infelizmente, Lúcifer, o anjo que era o chefe das hostes celestiais, acabou se rebelando contra o Criador, tornando-se Satanás, o inimigo.
Adão e Eva também foram enganados pelo anjo caído e pecaram, trazendo com isso todas as conseqüências ruins que vemos no mundo, como as doenças e a morte. No entanto, deixou Deus de amar Seus filhos pelo fato de terem desobedecido Suas ordens e se rebelado?
Note o que o Senhor diz através do profeta Malaquias: “Porque Eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos” (Ml 3:6).
Em 1 João 4:8 é dito que “Deus é amor”. Não diz ali que Deus simplesmente tem ou sente amor; Ele é amor. E sendo Deus amor, e já que Ele não muda, jamais deixou de amar Seus filhos. Na verdade, Deus não nos ama porque Lhe somos fiéis ou porque fazemos algo por Ele. Ele simplesmente nos ama porque faz parte de Seu caráter amar.
Veja o que escreveu Jeremias: “De longe se me deixou ver o Senhor, dizendo: Com amor eterno Eu te amei; por isso, com benignidade te atraí” (Jr 31:3).
“Amor eterno” é amor imutável, que dura para sempre. Portanto, Deus jamais deixará de amar Seus filhos, independentemente do que eles façam ou deixem de fazer.
“Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o Seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo Sua misericórdia, Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tt 3:4, 5).
Depois da queda dos nossos primeiros pais, a principal obra de Deus tem sido atrair-nos a Si. “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; fui para eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas e Me inclinei para dar-lhes de comer”, diz o Senhor, em Oséias 11:4.
Já no Novo Testamento, Paulo escreveu: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de Ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8:35-39).
Portanto, nada nos pode separar do amor de Deus. Ele sempre nos amou (já que deu Seu Filho para morrer por nós antes mesmo de nascermos) e sempre nos amará. O problema é que o pecado faz separação entre nós e nosso Criador, e é por isso que Deus odeia o pecado (não o pecador).
E é exatamente isso o que está escrito em Ezequiel 18:22 e 23: “Acaso, tenho Eu prazer na morte do perverso? – diz o Senhor Deus; não desejo Eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva?”
Atacando a causa
Em Apocalipse 21 e 1 Pedro 3:10-13 fica bem clara a intervenção final de Deus neste mundo de pecado. O Senhor vai acabar com a morte, a injustiça, a dor, as lágrimas, enfim, com o pecado em suas diversas formas e consequências.
Infelizmente, aqueles que se apegarem ao pecado, desprezando a graça salvadora de Cristo, também serão destruídos. Para Deus, que é o Doador da vida, tirar a vida de alguém é algo tão incomum, que a Bíblia chama isso de “a obra estranha de Deus” ou “ato estranho de Deus”:
“Porque o Senhor Se levantará, como no monte Perazim, e Se irará, como no vale de Gibeão, para realizar a Sua obra, a Sua obra estranha, e para executar o Seu ato, o Seu ato inaudito” (Is 28:21).
Por que “obra estranha”? Porque, repito, Deus é amor, não um Deus de destruição e ódio. O amor de Deus é incomensurável, como afirma o apóstolo Paulo: “Habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus” (Ef 3:17-19).
Quando Cristo disse “Quem Me vê a Mim, vê ao Pai”, estava afirmando que o Pai agiria da mesma forma que Ele e tem os mesmos sentimentos em relação à humanidade. Alguns encontros e conversas que Jesus teve com certas pessoas são esclarecedores sobre o amor imutável de Deus.
Jesus e o jovem rico (ver Lucas 18:18-23).
Embora Cristo já conhecesse o coração desse jovem e soubesse que ele rejeitaria Seu convite por estar apegado demais às riquezas, isso não fez com que o Senhor deixasse de amá-lo (ver Marcos 10:21, onde é dito que Jesus “fitando [o jovem rico] o amou”). O jovem fez a escolha errada. Jesus não aprovou seu proceder, mas não deixou de amá-lo.
Jesus e a mulher adúltera (ver João 8).
Sete vezes Jesus perdoou aquela mulher. Foi Seu amor imutável que fez com que ela, por fim, se convertesse.
Jesus e Pedro
Mesmo tendo Pedro negado a Jesus, o olhar de pura misericórdia do Mestre, enquanto era levado para a morte, fez com que o discípulo compreendesse o significado do amor de Deus, que detesta o pecado, mas ama o pecador.
Diversos outros textos poderiam ser citados como exemplo do amor infinito e imutável de Deus. Mas creio que estes são suficientes. Jamais Deus poderá deixar de amar qualquer de Suas criaturas, assim como uma boa mãe não deixaria de amar um filho pelo fato de ele ter feito coisas erradas. Somente aqueles que estudam a Bíblia e mantêm viva comunhão com Deus podem compreender um pouco de Seu caráter.
Atentemos, pois, à recomendação de João: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1Jo 4:7, 8).
Michelson Borges
Sobre o Autor
MICHELSON BORGES
Jornalista (formado pela UFSC) e editor da Casa Publicadora Brasileira. É autor dos livros Nos Bastidores da Mídia, Por Que Creio, A História da Vida, entre outros. Mestrando em Teologia pelo Unasp, mantém o blog www.criacionismo.com.br
(Esperança)
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