
Fui caminhando lentamente para a beirada, em direção à minha filha que ainda chorava. Dei alguns passos para a esquerda e para a direita. Como a areia daquela praia é bem fina e o mar, agitado, quase sempre as águas têm coloração cinzenta, dificultando a visão além de um palmo de profundidade. Apalpei o fundo com os pés por alguns segundos e, de repente, tropecei em algo flexível. Prendi aquilo debaixo do pé e me abaixei para verificar o que era. Ali estava o chinelo! Rapidamente o ergui e mostrei para minha filha: “Achei! Achei!”
Ela sorria enquanto eu saía da água e me aproximava dela. Entreguei o chinelo, me abaixei e disse para ela: “Filha, viu como Deus é bom? Sabe o que fiz lá dentro da água? Orei pedindo que Ele me ajudasse a encontrar seu chinelo. E aqui está ele.”
Os céticos de plantão podem pensar que isso se trata de mais uma coincidência, como tantas outras. Mas eu conheço o Deus a quem sirvo e sei que aquilo foi, na verdade, um abraço que Ele me deu e uma confirmação da fé infantil da minha filha. Certa vez, li que as coincidências são os pequenos milagres de Deus, nos quais Ele prefere Se manter anônimo. Só que, como eu pedi, Deus saiu do anonimato e me mostrou, uma vez mais, que Ele Se importa com os pequenos detalhes de nossa vida – inclusive com um chinelo perdido dentro do mar.
Michelson Borges
(Criacionismo)
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