Enquanto os pós-modernos supervalorizam o sentir, os herdeiros do racionalismo iluminista (ou neoateus) se limitam a aceitar apenas aquilo que pode ser aferido pelos sentidos. Ambos autolimitam aquilo que podem aprender e experimentar.
Neste ano, comecei meu ano bíblico de maneira diferente: pelo Novo Testamento Judaico, traduzido pelo judeu-cristão David Stern (Editora Vida). É uma versão interessante que utiliza termos neutros e nomes hebraicos, como Ya’kov, em lugar de Tiago, e talmidin, em vez de discípulos, por exemplo. Além disso, o texto realça características judaicas e procura corrigir traduções errôneas que resultaram em tendências teológicas antijudaicas. Exemplo: em Romanos 11:4, o Messias é o alvo para o qual a Torá aponta, não “o fim da lei”. Além disso, a linguagem é moderna e agradável, desafiando os judeus “a compreenderem que Yeshua [Jesus] é um amigo para todo coração judeu e que o Novo Testamento é um livro judeu repleto de verdades a serem aceitas e praticadas. Ao mesmo tempo, embora reafiarmando a igualdade de gentios e judeus na comunidade messiânica, ele desafia os cristãos a reconhecer o caráter judaico de sua fé e sua unidade com o povo judeu”, conforme está escrito na contracapa desse Novo Testamento de Stern.
Bem, o texto de hoje que me chamou a atenção é Mateus 13:15, no qual Jesus diz: “Porque o coração deste povo tornou-se insensível – com seus ouvidos, quase não ouvem, e seus olhos estão fechados, para que não vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração e façam t’shuvah [se convertam], para que Eu os cure.”
É a insensibilidade que cega a muitos. Note que Jesus diz que, embora ver e ouvir (razão) seja algo importante (afinal, a fé também é racional, conforme escreveu Paulo em Romanos 12:1), também devemos entender com o coração. Somos seres racionais e passionais. Temos razão e sentimentos, e Deus quer falar ao nosso ser todo. Por que Lhe fechar as vias de acesso? Esse foi o grande erro dos cristãos que se apegaram ao racionalismo como forma de dar explicação a cada aspecto da fé. Muitos descambaram para o deísmo ou panteísmo e acabaram deixando de reconhecer que Deus cuida, que o Criador está interessado e interage com Seus filhos, visando ao seu bem eterno e não apenas e necessariamente esta realidade manchada pelo pecado.
Mateus informa que Jesus “realizou poucos milagres ali, por causa da falta de confiança deles” (Mt 13:58).
Sei que muitos ateus, agnósticos e céticos leem este blog, por isso apelo para que você (caso seja um deles) abra não apenas a mente (olhos e ouvidos), mas o coração também, e dê uma chance para Deus. Sei também de incrédulos que pedem sinais e milagres, a fim de que possam crer. Mas será que creriam mesmo, caso lhes fosse concedido o que dizem querer, ou racionalizariam até mesmo o maior dos milagres? Por que realizar milagres específicos na vida de quem não confia, já que este não atribuiria isso a Deus? Por isso se diz, numa inversão do dito popular, que é preciso crer para ver.
Desafio-o a abrir o coração a Deus com sinceridade. Algo maravilhoso pode acontecer.
Michelson Borges
Neste ano, comecei meu ano bíblico de maneira diferente: pelo Novo Testamento Judaico, traduzido pelo judeu-cristão David Stern (Editora Vida). É uma versão interessante que utiliza termos neutros e nomes hebraicos, como Ya’kov, em lugar de Tiago, e talmidin, em vez de discípulos, por exemplo. Além disso, o texto realça características judaicas e procura corrigir traduções errôneas que resultaram em tendências teológicas antijudaicas. Exemplo: em Romanos 11:4, o Messias é o alvo para o qual a Torá aponta, não “o fim da lei”. Além disso, a linguagem é moderna e agradável, desafiando os judeus “a compreenderem que Yeshua [Jesus] é um amigo para todo coração judeu e que o Novo Testamento é um livro judeu repleto de verdades a serem aceitas e praticadas. Ao mesmo tempo, embora reafiarmando a igualdade de gentios e judeus na comunidade messiânica, ele desafia os cristãos a reconhecer o caráter judaico de sua fé e sua unidade com o povo judeu”, conforme está escrito na contracapa desse Novo Testamento de Stern.
Bem, o texto de hoje que me chamou a atenção é Mateus 13:15, no qual Jesus diz: “Porque o coração deste povo tornou-se insensível – com seus ouvidos, quase não ouvem, e seus olhos estão fechados, para que não vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração e façam t’shuvah [se convertam], para que Eu os cure.”
É a insensibilidade que cega a muitos. Note que Jesus diz que, embora ver e ouvir (razão) seja algo importante (afinal, a fé também é racional, conforme escreveu Paulo em Romanos 12:1), também devemos entender com o coração. Somos seres racionais e passionais. Temos razão e sentimentos, e Deus quer falar ao nosso ser todo. Por que Lhe fechar as vias de acesso? Esse foi o grande erro dos cristãos que se apegaram ao racionalismo como forma de dar explicação a cada aspecto da fé. Muitos descambaram para o deísmo ou panteísmo e acabaram deixando de reconhecer que Deus cuida, que o Criador está interessado e interage com Seus filhos, visando ao seu bem eterno e não apenas e necessariamente esta realidade manchada pelo pecado.
Mateus informa que Jesus “realizou poucos milagres ali, por causa da falta de confiança deles” (Mt 13:58).
Sei que muitos ateus, agnósticos e céticos leem este blog, por isso apelo para que você (caso seja um deles) abra não apenas a mente (olhos e ouvidos), mas o coração também, e dê uma chance para Deus. Sei também de incrédulos que pedem sinais e milagres, a fim de que possam crer. Mas será que creriam mesmo, caso lhes fosse concedido o que dizem querer, ou racionalizariam até mesmo o maior dos milagres? Por que realizar milagres específicos na vida de quem não confia, já que este não atribuiria isso a Deus? Por isso se diz, numa inversão do dito popular, que é preciso crer para ver.
Desafio-o a abrir o coração a Deus com sinceridade. Algo maravilhoso pode acontecer.
Michelson Borges
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