Aproxima-se o dia 13 de maio e já conseguimos ver pelas estradas, um pouco por todo o Portugal, as habituais peregrinações de fiéis, a esmagadora maioria dos quais católicos, que professam daquela forma a sua fé, não tanto para com Deus, mas sim para com Maria, mãe de Jesus. Este ano, com o incentivo especial da visita de Bento XVI.
Desde criança que me recordo de, desde algumas semanas anteriores à data, ver muitas pessoas em alegre comitiva rumo a Fátima, palco maior das celebrações católicas neste país. Colocando em prática aquilo que aprenderam e desde sempre lhes foi ensinado, para não dizer impingido, ei-los seguindo normalmente em grupo no cumprimento de um ritual que, segundo pensam, lhes é importante, senão mesmo indispensável para a salvação.
Confesso que, tendo sido ensinado pela Bíblia num Deus que é Salvador e que, Ele sim, se sacrificou em favor do homem, fazendo por ele o que ele jamais conseguiria fazer por si mesmo, não consigo encontrar qualquer fundamento neste tipo de esforço (ou sacrifício) a que tantas pessoas se sujeitam.
Será pela caminhada em si que eles vão? Não, para isso não seriam necessários vários dias e centenas de quilómetros! Será pelo convívio? Não, para isso um simples almoço de convívio serviria bem. Daí que presumo que seja mesmo por uma questão de fé.
Desde criança que me recordo de, desde algumas semanas anteriores à data, ver muitas pessoas em alegre comitiva rumo a Fátima, palco maior das celebrações católicas neste país. Colocando em prática aquilo que aprenderam e desde sempre lhes foi ensinado, para não dizer impingido, ei-los seguindo normalmente em grupo no cumprimento de um ritual que, segundo pensam, lhes é importante, senão mesmo indispensável para a salvação.
Confesso que, tendo sido ensinado pela Bíblia num Deus que é Salvador e que, Ele sim, se sacrificou em favor do homem, fazendo por ele o que ele jamais conseguiria fazer por si mesmo, não consigo encontrar qualquer fundamento neste tipo de esforço (ou sacrifício) a que tantas pessoas se sujeitam.
Será pela caminhada em si que eles vão? Não, para isso não seriam necessários vários dias e centenas de quilómetros! Será pelo convívio? Não, para isso um simples almoço de convívio serviria bem. Daí que presumo que seja mesmo por uma questão de fé.
Mas essa questão que é de fé, deverá ter uma razão, um propósito. E tem. Nada mais nada menos do que se sacrificarem em favor de Jesus, para mérito próprio. O que, deturpa por completo o sentido da redenção, ao haver um troca de posições: Jesus é que Se sacrifica pelo homem; não o homem por Jesus.
Sim, a verdade é que este tipo de iniciativa pretende, entre outras coisas, creditar o ser humano com um mérito que ele jamais pode ter: ajudar na sua própria salvação, até mesmo ganhá-la pelo próprio esforço. Ora, nada mais errado poderemos achar, com base na sagrada Escritura!
Vejamos dois textos que, juntos, nos trazem luz sobre este assunto.
'E em nenhum outro [Jesus] há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos' Atos 4:12.
'Ide, porém, e aprendei o que significa: misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento' Mateus 9:13.
Ou seja, Jesus não apenas veio para salvar os homens, não apenas é o único que o faz, como Ele mesmo deixou bem claro que o Seu sacrifício foi o suficiente para redimir todo e qualquer homem; não existe, portanto, nada de bom que o homem possa assegurar para si mesmo, entregando-se a este tipo de esforço inútil, ainda para mais quando se trata de honrar alguém que faleceu e permanece na sepultura (Maria), e não o Verdadeiro motivo de toda a adoração: Jesus!
Logo, este ritual, à semelhança de outros, está cheio de inutilidade e é desprovido de qualquer valor bom aos olhos de Deus.
Já agora, uma coisa desde sempre me intrigou, nesta escala de aferição de méritos pessoais: estando o santuário católico de Fátima situado no centro do país, não será injusto para os crentes que vivem bem no norte ou no sul terem de, no exercício da sua prática religiosa, peregrinar muito mais do que os seus irmãos que vivem no centro de Portugal? Em concreto, um crente católico que resida em Bragança terá de percorrer a pé, mais de 400Km; já um que more em Leiria fará um percurso de apenas 25Km...
O que é certo é que eu mesmo também sou um peregrino; mas não a caminho deste tipo de lugar. Pela graça de Deus, caminho para um sítio bem longe daqui, onde habita a justiça e a paz que só vem de Deus. E o fim dessa peregrinação, está cada vez mais perto!
(O Tempo Final)
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