Um dos livros que li há algum tempo e gostei muito é o de Gary Chapman, As Cinco Linguagens do Amor (recomendo sua leitura). Um dos mais profundos desejos que todos nós temos é de sentir que somos amados, e acabamos fazendo coisas incríveis, às vezes até absurdas, para saber se somos amados. Cobramos o amor dos outros, mas será que eu estou demonstrando amor de modo que os que me são importantes percebem o meu amor por eles? Muitos filhos reclamam não ter recebido amor dos pais, mas na maioria das vezes eles o receberam, sim, mas de uma forma, numa linguagem diferente da sua ou do que esperavam e por isso não o perceberam e então interpretavam que não eram amados (como se um falasse português e o outro japonês). Quanto sofrimento para pais e filhos… Ou maridos e esposas… Ou entre amigos…
O livro de Chapman mostra como a dificuldade que as pessoas têm para demonstrar amor e como o demonstram de formas diferentes não conseguindo comunicá-lo um ao outro gera muita frustração que poderia ser evitada se as pessoas tomassem conhecimento das diferentes formas preferenciais de dizer “eu te amo”.
Há basicamente cinco maneiras de se dizer “eu te amo”:
1. Através de palavras de encorajamento. “Você é uma pessoa tão paciente!”, “Você fica muito bem com essa roupa!”, “Gostaria de ter o capricho que você tem com o jardim!”, “Você sempre tem algo bom pra dizer!” Para alguns de nós o amor se expressa em palavras de reconhecimento e elogios.
2. Através do toque físico e proximidade. Segurar a mão, abraçar, ficar sentado perto, colocar o braço em volta do ombro, beijar – envia uma mensagem especial de amor.
3. Dando tempo de qualidade. Não é assistir televisão junto com seus filhos e/ou esposo, é dar toda a sua atenção a outra pessoa, é ouvir e responder adequadamente.
4. Ações de serviço. Prestar algum tipo de serviço, fazer algo especial para comunicar seu amor. Limpar o carro da esposa, consertar a torneira que está pingando, lavar a louça para ela, fazer o serviço de banco para o esposo, levar o carro dele na oficina, digitar o trabalho do filho, arrumar o armário do filho (quando isso já não for obrigação sua). Toda a vez que você faz por uma pessoa algo que ela não espera, você diz “eu te amo”.
5. Presenteando. Dar um presente parece um gesto simples, mas pode representar muito para a pessoa que o recebe. Dar um presente de improviso (porque hoje é “dia de você”) comunica que “estive pensado em você”. Não precisa ser nada caro, pode ser até fazer o bolo favorito do esposo ou do filho.
Precisamos identificar a nossa linguagem principal, a de nosso cônjuge e de cada um dos filhos. Sua linguagem principal é aquela que você usa com mais frequência e se sente mais amado quando os outros a usam. Todos falamos mais de uma linguagem e no decorrer da vida podemos aprender a usar as cinco.
Todos os dias escolhemos amar ou não amar. Amar seu cônjuge na linguagem de amor dele (ou dela) é um ato de amor maior do que praticar somente a sua linguagem principal.
Jesus nos amou a ponto de dar a vida por nós e nos deixou o mandamento de amar ao nosso próximo como a nós mesmos. E amor é ação! Vamos lá, demonstre esse amor!
Cláudia Bruscagin
(Outra Leitura) e (Esperança)
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