Deu no jornal Telegraph de 27 de março: pesquisadores acreditam ter encontrado evidências de um desastre natural no qual estaria baseado o relato das dez pragas do Egito, que permitiram a Moisés libertar os israelitas da escravidão, conforme o livro de Êxodo. Só que, em lugar de atribuir essas pragas a uma intervenção divina, eles alegam que elas se tratam de consequências de mudança climática. Essas “novas explicações” para o evento bíblico foram guardadas para ser exibidas no domingo de Páscoa, no canal da National Geographic. Pelo jeito, querem dizer aos judeus e aos cristãos que o Êxodo não tem nada de sobrenatural. Nada de milagroso. Deus não existe. Páscoa é bobagem (a menos que você só pense nela como um dia para se encher de chocolates).
Os pesquisadores cometem o erro comum de associar a época do Êxodo com o período em que Ramsés II reinou sobre o Egito (segundo os estudos de Edwin Thiele, o Êxodo teria ocorrido em torno de 1450 a.C., ou seja, na 18ª dinastia [cf. 1Rs 6:14; Jz 11:26]; o faraó da ocasião seria Thutmose III ou Amenhotep II). Portanto, se houve mesmo uma catástrofe climática na época de Ramsés II, ela nada teria que ver com as pragas do tempo do Êxodo.
Segundo a matéria do Telegraph, o período de temperaturas altas e seca teria diminuído o volume de águas do Nilo, tornando as águas lamacentas. E o biólogo Stephan Pflugmacher acrescenta que as águas tornadas em sangue poderiam ser o resultado da proliferação de uma alga tóxica, que gosta de águas lentas e quentes. Seriam elas as responsáveis por dar à água coloração vermelha.
Os cientistas também dizem que, em decorrência da proliferação dessa alga, a segunda, a terceira e a quarta pragas se seguiram: rãs, piolhos e moscas. Em tempos de estresse, rãs se multiplicam mais rápido e a toxicidade das águas acabou forçando as rãs a irem para a terra seca. E quando as rãs morreram, as moscas se espalharam livremente, sem suas predadoras para incomodar e manter seu número sob controle.
Daí para a quinta e a sexta pragas foi um “pulo”: vieram as doenças e as feridas.
Curiosa e coincidentemente, outro evento catastrófico é tido pelos cientistas como a causa das pragas da saraivada, dos gafanhotos e das trevas sobre o Egito: uma erupção vulcânica ocorrida a mais de 600 km de distância da terra dos faraós, nas ilhas mediterrânicas de Santorini, no norte da Grécia. O fenômeno teria escurecido o céu, atraído os gafanhotos e causado a chuva de pedras de gelo.
E a última praga, a morte dos primogênitos do Egito (aqueles que não quiseram se valer do sangue remidor do cordeiro)? Simples, foi causada por um fungo que contaminou os suprimentos de grãos da nação. E os filhos homens nascidos primeiro seriam exatamente os primeiros a comer esses grãos...
O desespero naturalista é tão grande no afã de descartar o sobrenatural, que esses cientistas céticos acabam fornecendo “explicações” mais incríveis do que o simples relato bíblico. Todas essas “pragas naturais” ocorreram na mesma época. Hmm... Num mesmo espaço geográfico. Hmm... E teriam possibilitado a libertação dos pobres hebreus das mãos do poderoso faraó... Hmm.
Meu ceticismo não permite tanta credulidade...[MB]
Leia também: “A primeira Páscoa”, “As pragas do Egito” e “A cidade de Ramessés”
Os pesquisadores cometem o erro comum de associar a época do Êxodo com o período em que Ramsés II reinou sobre o Egito (segundo os estudos de Edwin Thiele, o Êxodo teria ocorrido em torno de 1450 a.C., ou seja, na 18ª dinastia [cf. 1Rs 6:14; Jz 11:26]; o faraó da ocasião seria Thutmose III ou Amenhotep II). Portanto, se houve mesmo uma catástrofe climática na época de Ramsés II, ela nada teria que ver com as pragas do tempo do Êxodo.
Segundo a matéria do Telegraph, o período de temperaturas altas e seca teria diminuído o volume de águas do Nilo, tornando as águas lamacentas. E o biólogo Stephan Pflugmacher acrescenta que as águas tornadas em sangue poderiam ser o resultado da proliferação de uma alga tóxica, que gosta de águas lentas e quentes. Seriam elas as responsáveis por dar à água coloração vermelha.
Os cientistas também dizem que, em decorrência da proliferação dessa alga, a segunda, a terceira e a quarta pragas se seguiram: rãs, piolhos e moscas. Em tempos de estresse, rãs se multiplicam mais rápido e a toxicidade das águas acabou forçando as rãs a irem para a terra seca. E quando as rãs morreram, as moscas se espalharam livremente, sem suas predadoras para incomodar e manter seu número sob controle.
Daí para a quinta e a sexta pragas foi um “pulo”: vieram as doenças e as feridas.
Curiosa e coincidentemente, outro evento catastrófico é tido pelos cientistas como a causa das pragas da saraivada, dos gafanhotos e das trevas sobre o Egito: uma erupção vulcânica ocorrida a mais de 600 km de distância da terra dos faraós, nas ilhas mediterrânicas de Santorini, no norte da Grécia. O fenômeno teria escurecido o céu, atraído os gafanhotos e causado a chuva de pedras de gelo.
E a última praga, a morte dos primogênitos do Egito (aqueles que não quiseram se valer do sangue remidor do cordeiro)? Simples, foi causada por um fungo que contaminou os suprimentos de grãos da nação. E os filhos homens nascidos primeiro seriam exatamente os primeiros a comer esses grãos...
O desespero naturalista é tão grande no afã de descartar o sobrenatural, que esses cientistas céticos acabam fornecendo “explicações” mais incríveis do que o simples relato bíblico. Todas essas “pragas naturais” ocorreram na mesma época. Hmm... Num mesmo espaço geográfico. Hmm... E teriam possibilitado a libertação dos pobres hebreus das mãos do poderoso faraó... Hmm.
Meu ceticismo não permite tanta credulidade...[MB]
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