As fortes chuvas que caem há mais de 15 horas no Rio de Janeiro já causaram 32 mortes, mais de 50 feridos e um número indeterminado de desaparecidos. O prefeito da cidade pediu às pessoas para não saírem de casa.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, são já 32 os mortos provocados pelas fortes chuvas que estão a assolar o estado do Rio de Janeiro, no Brasil, desde a noite de segunda-feira.
A zona com maior número de vítimas é a Região Metropolitana de Niterói, onde 14 pessoas morreram. Na cidade do Rio de Janeiro, segundo a Defesa Civil Estadual, morreram pelo menos oito pessoas, algumas em desabamentos ocorridos na Zona Norte da cidade.
Segundo a Defesa Civil,há mais de 50 pessoas feridas e um número indeterminado de desaparecidos.
O caos instalou-se na cidade do Rio de Janeiro, com várias zonas alagadas, e levou o prefeito, Eduardo Paes, a recomendar às pessoas para não saírem de casa.
"A situação é de absoluto caos. Todas as vias importantes estão interrompidas. É um risco as pessoas tentarem passar (por alagamentos)", disse.
Segundo o autarca, a cidade vive uma "situação muito crítica" e "absolutamente atípica", com a conjugação das fortes tempestades com a maré-alta.
A prefeitura distribuiu um boletim de alerta que aconselha as pessoas a evitar viagens mais longas sob o risco de ficarem presas em engarrafamentos.
Governador admite decretar estado de calamidade
O governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pediu aos moradores das zonas onde há risco de derrocada para deixarem as suas casas e admitiu, à rádio CBN, decretar o estado de calamidade.
Na cidade do Rio de Janeiro, o rio Maracanã transbordou provocando um verdadeiro caos no trânsito e o alagamento da Praça da Bandeira, situação que persiste até o momento.
Muitos condutores ficaram presos no engarrafamento e vários foram obrigados a abandonar os carros e procurar abrigo em local seguro.
Os bombeiros chegaram a usar botes salva-vidas para resgatar pessoas que ficaram presas com o transbordo do Rio Maracanã.
Na zona sul, houve um deslizamento de terra que interditou a avenida Niemeyer, em São Conrado, nos dois sentidos. O mesmo acontece no Alto da Boa Vista.
Acessos encerrados, aulas suspensas e transportes condicionados
O Corpo de Bombeiros não soube informar o número exacto de alagamentos, mas destacou que todos os acessos à cidade estão fechados pelo excesso de águas.
Desde as 18:00 de segunda-feira (22:00 em Lisboa), já foram registados pelo menos 22 desabamentos e 10 deslizamentos de terra.
Devido aos temporais, as aulas foram suspensas hoje na cidade do Rio de Janeiro e o aeroporto Santos Dumont continua fechado para descolagens e aterragens.
As linhas de comboios por todo o Estado estão condicionadas ou sofreram mesmo interrupções devido às chuvas e inúmeras localidades estão completamente inundadas.
Duas mil casas em risco
De acordo com o prefeito, a maior preocupação das autoridades é com moradores de áreas de risco.
"Temos cerca de 2 mil domicílios em situação de risco (desabamentos, deslizamentos de terra) e essa é uma situação de risco até que a chuva abrande. O que mais nos preocupa é a perda de vidas humanas", afirmou Paes.
A Defesa Civil municipal entrou em estado de alerta às 17 horas (hora local) de segunda-feira e manteve as equipas de socorro nas ruas.
O prefeito afirmou haver uma preocupação grande com deslizamentos e criticou quem se opõe aos reassentamentos de moradores de áreas ameaçadas.
(DN Globo)
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