quarta-feira, 10 de junho de 2009
Físicos encontram perfeição... na biologia
Quando pensamos em princípios simples, elegantes e unificadores da ciência, pensamos em física. Então, não é surpreendente que físicos que examinam sistemas vivos busquem esses princípios. Aparentemente, encontraram um. Em geral, os processos biológicos tendem a ser precisos nos casos em que podem ser testados. A complexidade da vida pode tornar difícil determinar o que “preciso” significa, mas muitas vezes os limites físicos proporcionam uma definição complicada. Por não poderem ser ultrapassados facilmente, esses limites servem como um padrão prático de perfeição. Curiosamente, há casos em que é claramente benéfico igualar-se a esse padrão, exatamente como a vida parece fazer.
Durante décadas, enzimologistas reconhecem que certas enzimas são cataliticamente perfeitas, o que significa que processam moléculas reagentes tão rapidamente quanto essas moléculas podem alcançá-las por difusão. Isso insinua um princípio de perfeição física em biologia, mas ninguém previu sua amplitude até há pouco. Segundo o físico de Princeton, William Bialek, um dos principais defensores do princípio emergente, “a ideia de desempenho próximo aos limites físicos passa por muitos níveis de organização biológica, de moléculas individuais para as células cerebrais de percepção e de aprendizado”. Ele observa que, “embora seja popular interpretar os mecanismos biológicos como um registro histórico de sucessões evolutivas, essas observações sobre o desempenho funcional apontam para uma visão muito diferente daquela na qual a vida parece ter selecionado uma série de mecanismos ideais para suas tarefas mais críticas”.
Bialek está interessado em determinar se esse princípio se sustentará enquanto, cada vez mais, os sistemas biofísicos estão sendo testados contra ele. Entretanto, também é interessante considerar o quanto um princípio pode ser explicado. Em particular, quais teorias são mais coerentes com a Origem, a darwinista ou criacionista? Embora o mecanismo darwinista tenha relativa capacidade de aprimorar-se, a perfeição parece estar bem para além do seu alcance. Sua desvantagem reside no tipo de abordagem localizada, e não global. Ou seja, não determina a melhor solução para um problema, mas, sim, a melhor solução disponível, em outras palavras, evolui-se para outras espécies nas quais o defeito ainda não foi corrigido. Se for razoável pensar que um problema complexo que não tenha sido resolvido não está sequer perto de ser solucionado (e aparentemente não foi), então certamente a “melhor solução disponível”, sob tais circunstâncias, não é apta a ser a melhor proposta. Mesmo após todas as alternativas, os avanços são exaustivos, acaba sendo apresentado algo improvisado, longe de ser perfeito.
Portanto, embora a maioria dos biólogos goste de pensar que darwinismo pode levar à perfeição, essa noção evapora-se muito rapidamente sob uma análise crítica. Agora que a perfeição está se tornando um princípio reconhecido em biologia, talvez seja a hora de os biólogos se unirem aos físicos.
(Biologic Institute. Tradução: Thiago Juliani)
(Criacionismo)
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