O sofrimento e a morte prematuros da modelo Mariana Bridi causam ainda mais impacto quando se pensa na causas do episódio. É muito raro uma pessoa morrer em consequência de uma infecção urinária. Mas aconteceu. Pode acontecer de novo? Segundo o médico especialista em infecções, Ricardo Lima, tudo depende do tempo entre o diagnóstico da infecção e o início da medicação. Mariana já estava em estado grave quando foi internada. Mas as bactérias identificadas no corpo da modelo não são comuns em infecções urinárias. “Pseudomonas e estafilococos são bactérias comumente encontradas dentro de um hospital, principalmente dentro de uma unidade de pacientes críticos, pacientes graves como a terapia intensiva”, explica Ricardo. Poderia ter havido, então, uma infecção hospitalar? “Há uma luta constante da terapia intensiva, dos hospitais para que essas infecções cheguem a zero e a gente consegue em determinados momentos. Mas às vezes elas são consequências da agressividade do tratamento a que nós temos que submeter esses pacientes”, esclarece o médico.
Ricardo Lima explica ainda que o poder de uma infecção depende de três fatores, como num triângulo. O tipo de bactéria, a força dessa bactéria e o sistema de defesa da pessoa.
No caso de uma infecção urinária, se for diagnosticada logo, os antibióticos atuam e acabam com ela. Mas se o corpo está debilitado, ou se o diagnóstico chega tarde, a situação se complica.
No caso da modelo capixaba, a contaminação por pseudomonas e estafilococos chegou à corrente sanguínea. E foi atingindo outros órgãos, provocando microcoágulos que, obstruindo a passagem do sangue, teriam provocado entupimentos - conhecidos como tromboses - que levaram à necrose das mãos e dos pés de Mariana. Eles tiveram de ser amputados. Depois foi retirada uma parte do estômago. O corpo, cada vez mais enfraquecido, não resistiu.
“Não é comum o jovem de 20 anos iniciar um quadro com infecção - no caso dela urinária que, a principio, é uma infecção com uma bactéria de virulência resolvível - tão agressivo”, afirma o médico.
Para os pacientes, um alerta: “Em casos de sintomas de infecção procure um médico, evite a automedicação, faça os exames para que o médico decida qual é o melhor antibiótico”, avisa o médico.
(G1 Notícias)
Nota: A morte de Mariana traz à tona mais uma vez o medo das “superbactérias”. No afã de debelar infecções, têm-se utilizado antibióticos cada vez mais potentes. As bactérias sofrem a ação da seleção natural (artificial?) e tornam-se, por “microevolução”, mais resistentes. Até quando durará essa batalha e quem será o perdedor? Infelizmente, pestes e doenças com maior intensidade estão previstas na profecia bíblica como sinal do fim.[MB]
Texto extraído do Site (Criacionismo)
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
O perigo das superbactérias
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